O peronismo, que ainda governa a Argentina com o presidente Alberto Fernández e a vice Cristina Kirchner, teve neste domingo (13) seu pior desempenho nas eleições Primárias, Abertas, Simultâneas e Obrigatórias (PASO), as prévias do país.
Este modelo, usado nas eleições gerais argentinas desde 2011, determina que a definição de todas as candidaturas a cargos federais ocorra por meio do voto obrigatório de todos os argentinos habilitados a exercer esse direito (e não apenas os filiados a partidos) e no mesmo dia.
A coalizão peronista União pela Pátria registrou o pior desempenho eleitoral desde que as PASO foram criadas, conseguindo apenas 27% dos votos, uma queda acentuada em relação aos resultados anteriores.
Nas PASO deste ano, ao contrário de outros anos, o peronismo teve dois candidatos: o atual ministro da economia, Sergio Massa, que é apoiado por Cristina Kirchner, e o ativista Juan Grabois. Dentro do grupo de esquerda, Massa conseguiu obter uma vitória clara sobre seu oponente nas primárias, conquistando 21% dos votos, enquanto Grabois ficou com apenas 6%.
Com essa soma de 27% dos votos, a União pela Pátria foi apenas a terceira coalizão mais votada no domingo.
A coalizão opositora Juntos pela Mudança, que reúne partidos de centro-direita e direita, superou o peronismo com 28% dos votos. Na frente de ambas, ficou a coalizão Liberdade Avança, de Javier Milei, o grande nome das primárias deste ano, com 30%.
A grave crise econômica na qual a Argentina se encontra atualmente, com a alta inflação, a falta de empregos e o aumento da insegurança alimentar, contribuiu para a derrota peronista.
Em 2011, a coalizão peronista Frente para a Vitória, da então presidente Cristina Kirchner, obteve 50% dos votos nas primárias. Quatro anos depois, a mesma coalizão atingiu 39% com Daniel Scioli. Por fim, em 2019, rebatizado Frente de Todos, o grupo peronista, então liderado por Alberto Fernández, atingiu 48% nas PASO.
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