O Tribunal da ONU para os crimes de guerra na Iugoslávia condenou nesta quarta (22) o ex-general Ratko Mladic à prisão perpétua por crimes contra a humanidade e genocídio. Mladic, 75, foi o comandante do exército sérvio durante a Guerra da Bósnia, travada entre 1992 e 1995.
Conhecido como o "açougueiro da Bósnia", Mladic foi responsabilizado pelo cerco de 43 meses a Sarajevo, capital da Bósnia, onde mais de 10 mil civis foram mortos pelas forças sérvias.
Mladic também foi condenado pelo massacre de Srebrenica, considerado o maior genocídio ocorrido na Europa após a Segunda Guerra Mundial. Em cinco dias, cerca de 8 mil muçulmanos foram assassinados na cidade que estava sob a proteção da ONU.
O alto comissário da ONU para Direitos Humanos, Zeid Ra'ad al-Hussein, afirmou em comunicado que Mladic é a "personificação do mal" e que sua condenação é "o exemplo perfeito de justiça internacional".
O ex-general havia pedido o adiamento do julgamento devido a problemas de saúde, solicitação que foi negada pelo tribunal. Antes de ser preso, em 2011, ele havia passado 11 anos foragido.
A defesa afirmou que vai recorrer da decisão.
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