Os governadores do Federal Reserve (Fed, Banco Central americano) ainda consideram "fracas" as perspectivas de crescimento econômico nos Estados Unidos e preveem "uma nova diminuição da demanda entre os próximos seis e doze meses".
Isso foi declarado pelo banco central americano no seu "livro bege", um documento que contém informações recentes sobre a economia do país, publicado nesta quarta-feira e que destaca que a queda da demanda ocorrerá enquanto a pressão sobre os preços persistirá pelo menos até até o final do ano.
Desde o início de julho, segundo o relatório, a atividade econômica permaneceu praticamente inalterada, com cinco dos 12 distritos em que o Fed divide os EUA reportando um crescimento leve ou moderado da atividade e outros cinco reportando um enfraquecimento leve ou moderado.
A maioria dos distritos relatou um gasto constante dos consumidores, embora tenha sido direcionado principalmente para alimentos e outros produtos essenciais.
Com a inflação chegando a 8,5% em julho, os preços permaneceram muito elevados, mas nove distritos relataram alguma moderação na sua taxa de aumento. A alimentação, o aluguel, os serviços públicos e os hotéis e restaurantes foram os que mais subiram em todos os distritos.
Sobre o emprego, a criação de postos de trabalho aumentou em ritmo moderado na maioria dos distritos, embora as condições globais do mercado de trabalho "tenham permanecido difíceis". Os salários cresceram em todos os distritos, mas em ritmo mais lento do que o esperado.
Em 26 de agosto, no simpósio de líderes econômicos em Jackson Hole, no estado de Wyoming, o presidente do Fed, Jerome Powell, reconheceu que o restabelecimento da estabilidade dos preços "provavelmente exigirá" a manutenção de uma postura monetária "restritiva" durante algum tempo.
Com a meta de conter a inflação, em julho a taxa de juros foi aumentada em 0,75 ponto, a quarta alta consecutiva e a segunda consecutiva pelo mesmo montante. Powell admitiu, contudo, que "em algum momento" será aconselhável "moderar o ritmo de subida da taxa de juros".
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