Maduro ao lado de uma imagem do líder venezuelano Hugo Chávez em cerimônia em uma indústria do país| Foto: HANDOUT/REUTERS

Faltando pouco mais de um mês para a eleição parlamentar de 6 de dezembro, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou na noite desta terça-feira (20) um pacote de medidas para tentar reverter a profunda crise econômica no país.

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Uma das medidas mais relevantes é a alteração dos mecanismos de tabelamento de preço em vigor no socialismo venezuelano, que será dividido em duas categorias.

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A primeira, chamada Preço Máximo de Venda, limitará o lucro dos comerciantes a 30%. A segunda, com tabelamento mais rigoroso, conservará o nome de Preço Justo, e será voltada para alimentos e serviços de saúde.

Maduro ameaçou os empresários que não acatarem as novas regras. Ele também prometeu mão dura contra aqueles que, segundo ele, alimentam a especulação, o câmbio negro e a “guerra econômica”, expressão que designa empresários acusados de sabotar o país.

“A partir de agora, as sanções atingirão diretamente o faturamento das empresas”, disse o presidente, falando em seu programa semanal de rádio e TV, “Contato com Maduro.”

Ele anunciou a fusão dos ministérios da Indústria e do Comércio. O titular da nova pasta será José David Cabello, irmão do todo-poderoso presidente da Assembleia Nacional, capitão Diosdado Cabello.

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Maduro também confirmou o aumento em 30% do salário mínimo, que passa a valer 9.649 bolívares. Isso equivale a cerca de US$ 1.500 pelo câmbio oficial ou pouco mais de US$ 20 no paralelo.

O presidente afirmou que o aumento acumulado do salário mínimo (é o quarto reajuste em menos de um ano) traz um incremento salarial de 95% enquanto a inflação, segundo ele, se situa “entre 80% e 85%”.

Economistas questionam esta cifra e dizem que a taxa real passa de 100%. Os venezuelanos também sofrem com um desabastecimento generalizado e com índices de violência de zona de guerra.