O governo do Peru declarou nesta segunda-feira (27) estado de emergência na malha rodoviária nacional por 30 dias e restringiu direitos constitucionais como o livre trânsito nas estradas no primeiro dia de uma greve de transportadores convocada por tempo indeterminado.
Segundo a medida, publicada no diário oficial El Peruano, “a Polícia Nacional peruana mantém o controle da ordem interna, com o apoio das Forças Armadas” nas áreas de emergência.
O decreto também suspende os “direitos constitucionais relativos à liberdade de trânsito no território nacional, liberdade de reunião e liberdade e segurança pessoal” na rede rodoviária.
Assinado pelo presidente Pedro Castillo, e endossado pelo primeiro-ministro, Aníbal Torres, e pelos ministros de Interior, Defesa e Justiça e Direitos Humanos, o texto explica que a intervenção da polícia e das forças armadas é realizada de acordo com as leis que regulam “o uso da força”.
A decisão foi tomada durante o primeiro dia da greve por tempo indeterminado anunciada por um setor do sindicato do transporte de cargas que exige o restabelecimento dessa atividade como um serviço público, a redução do preço do diesel e a regulamentação dos pedágios após a revisão dos contratos com concessionárias, entre outras reivindicações.
Até domingo à noite, representantes do governo Castillo e líderes sindicais haviam se reunido para tentar uma solução para as demandas do setor, mas não chegaram a um consenso.
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