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No Chile

Peru envia missão para tratar da extradição de Fujimori

Uma comissão de alto nível do governo do Peru, integrada pelo ministro do Interior, Rómulo Pizarro, e o procurador-geral do Estado, Antonio Maldonado, chegou nesta segunda-feira a Santiago do Chile, para tratar da extradição do ex-presidente Alberto Fujimori.

O ex-presidente, foragido da Justiça em seu país e que há cinco anos refugiara-se no Japão, foi preso de madrugada, horas após chegar de surpresa à capital do Chile. A detenção preventiva ocorreu a pedido do governo do Peru, que informou na ocasião ter em vista a extradição do ex-mandatário.

Nesta tarde, um advogado de Fujimori apresentou um pedido de liberdade provisória. O ministro da Suprema Corte Orlando Alvarez, que determinou a prisão do ex-presidente, deve anunciar até terça-feira se acata o pedido.

- Quero expressar minha gratidão pública ao Chile pelo primeiro passo dado - disse o presidente do Peru, Alejandro Toledo, em seus primeiros comentários públicos sobre a prisão de Fujimori.

O Chile, porém, anunciou que não tem base legal para uma expulsão administrativa sumária de Fujimori - uma informação que Toledo quis checar pessoalmente, numa conversa por telefone com o chanceler chileno, Ignacio Walker. O chanceler disse que o Chile aguarda o pedido de extradição, nos termos do tratado firmado entre os dois países em 1932. O processo pode durar dois meses.

A delegação peruana partiu num avião da Força Aérea da base aérea de Las Palmas, no distrito de Surco, nas primeiras horas desta segunda-feira, informou o Ministério do Interior. No grupo, viajaram também o chefe da Interpol no Peru, coronel Carlos Medel, e o assessor especial da chancelaria para questões internacionais de jurisdição, Javier Ciurlizza.

Antes de embarcar, o procurador Antonio Maldonado declarou a jornalistas locais que sua equipe tem elementos para supor que Fujimori tenha se tornado um incômodo para o Japão. O ex-presidente, que governou o Peru de 1990 até 2000, enfrenta 21 processos criminais em seu país.

O presidente do Conselho de Ministros, Pedro Pablo Kuczynski, anunciara na véspera que Alejandro Toledo decidira enviar uma missão de alto nível a Santiago "para assegurar a captura e extradição do fugitivo".

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