O Peru vai oferecer à Bolívia vantagens para que utilize um porto peruano no oceano Pacífico para suas exportações, como as de gás natural e minérios, em uma iniciativa qualificada de histórica depois de anos de rusgas políticas e diplomáticas.
Durante uma reunião entre o presidente boliviano, Evo Morales, e o peruano, Alan García, será firmado um acordo que dará à Bolívia, que não tem saída para o mar, facilidades para contar com um acesso marítimo.
O encontro presidencial foi facilitado, segundo o governo da Bolívia, pela recente entrega pelo Peru de dois ex-funcionários direitistas bolivianos que se haviam refugiado em território peruano para escapar de processos por corrupção.
"O acordo que será firmado tem o significado de oferecer à Bolívia uma condição marítima de saída (para o Pacífico), de facilitar a um país que está crescendo, e que tem uma economia importante, o acesso à saída e entrada de seus produtos", disse o chanceler peruano, José García Belaunde.
Morales e García também assinarão uma série de acordos, entre os quais um que "amplia" um pacto assinado em 1992, pelo qual o Peru cedeu à Bolívia uma zona franca num porto sulista para um projeto denominado "Boliviamar", que não foi aproveitado, acrescentou o chanceler.
Esse seria o primeiro acordo relativamente importante entre Morales e García, em cujos governos o comércio bilateral vem se mantendo em níveis baixos.
No acordo de 1992, o Peru cedeu à Bolívia uma faixa costeira de 5 quilômetros em uma praia localizada a 17 quilômetros de Ilo, entre os departamentos sulistas de Tacna e Moquegua, por período renovável de 99 anos.
Além disso, o Peru concedeu uma extensão territorial de 163,5 hectares dentro da zona franca industrial de Ilo, por um prazo de 50 anos, também renovável.
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