Dezenas de pesqueiros taiuaneses que entraram no início desta terça-feira (25) em águas das ilhas disputadas pelo Japão, China e Taiwan se afastaram da zona após um protesto simbólico para reivindicar seu direito de trabalhar na região, informou a televisão japonesa NHK.
Segundo o canal, os pesqueiros retornaram para Taiwan após terem se aproximado a 10 quilômetros das ilhas e as rodeado em sinal de protesto.
A guarda-costeira do Japão tentou sem sucesso deter as embarcações lançando canhões de água.
Os navios, segundo a NHK, pertencem a uma cooperativa de pesca do condado taiuanês de Yilan, que afirma que as águas das ilhas são uma fonte de recursos para os pescadores de Taiwan.
Após rodear a ilha, a pequena frota se afastou das ilhas. A Guarda Litorânea japonesa afirmou que cerca de 60 pesqueiros taiuaneses foram para a zona, acompanhados de mais de dez navios-patrulha.
O incidente ocorreu após o Japão, país que administra as ilhas, protestarem ontem pela "invasão" de três navios-patrulhas chineses em águas do pequeno arquipélago, conhecido como Senkaku pelo Japão, Diaoyu pela China e Tiaoyutai por Taiwan.
O conflito territorial em torno ao arquipélago, que tem uma superfície total de menos de sete quilômetros quadrados, aumentou há duas semanas, quando o governo japonês comprou o território de três das ilhas de seu ex-proprietário privado japonês.
Tanto a China como Taiwan protestaram por essa ação e a declararam inválida.
Para tentar aliviar a tensão, o Japão, que não mantém relações diplomáticas com Taiwan mas sim com a China, enviou ontem seu vice-ministro de Relações Exteriores para Pequim, onde se reunirá hoje com seu colega chinês para tratar sobre o assunto.
Além de ter grandes recursos pesqueiros, acredita-se que as ilhas tenham importantes reservas de gás e petróleo.
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