WASHINGTON - O apoio a Osama Bin Laden e aos atentados suicidas caiu drasticamente em alguns importantes países de maioria islâmica, revelou uma pesquisa cujos resultados foram divulgados nesta quinta-feira.
O Pew Research Center, responsável pela pesquisa, realizou entrevistas em seis países majoritariamente muçulmanos: Marrocos, Paquistão, Turquia, Indonésia, Jordânia e Líbano.
Também foram avaliadas as opiniões dos moradores de nove países do norte da África e de países europeus, bem como da Índia e da China. No total, foram entrevistadas 17 mil pessoas, por telefone ou pessoalmente.
- Há um apoio decrescente ao terrorismo nos países muçulmanos e o apoio a Bin Laden também está caindo. E há menos apoio para os atentados suicidas - disse o diretor do Pew Center, Andrew Kohut. - Essas são boas notícias, mas ainda há um número expressivo de pessoas que apóia Bin Laden em alguns desses países - acrescentou Kohut.
No Marrocos, 26% dos entrevistados disseram ter muita ou alguma confiança em Bin Laden - dois anos atrás, esse número era de 49%.
No Líbano, onde tanto muçulmanos quanto cristãos foram entrevistados, apenas 2% afirmaram ter confiança no extremista de origem saudita e líder da Al-Qaeda. A cifra era de 14% em 2003.
Na Turquia, o apoio a Bin Laden caiu de 15% para 7% nos últimos dois anos. Na Indonésia, de 58% para 35%.
Na Jordânia, porém, a confiança no líder da Al-Qaeda, que assumiu a responsabilidade pelos ataques de 11 de setembro de 2001 contra os EUA e vários outros atentados, aumentou de 55% para 60%. No Paquistão, passou de 45% para 51%.
Opiniões semelhantes foram dadas sobre se os atentados suicidas eram justificáveis. No Marrocos, por exemplo, 13% dos entrevistados afirmaram que esse tipo de ação poderia ser muitas vezes ou algumas vezes justificável. Em 2004, 40% dos marroquinos entrevistados tinham essa opinião.
Na Indonésia, 15% expressaram essa opinião. Em 2002 eram 27%. O apoio para os ataques suicidas a bomba também caiu no Paquistão e no Líbano. Mas aumentou na Jordânia para 57%, dos 43% verificados em 2002.
Kohut notou que houve atentados violentos contra civis na Indonésia, no Marrocos e na Turquia nos últimos anos e uma série de assassinatos e atentados a bomba recentemente no Líbano.
Tanto nos países do Ocidente quanto no mundo muçulmano, os entrevistados disseram ter medo do extremismo islâmico.
No Marrocos, 73% achavam que esse tipo de extremismo era uma ameaça para seu país - o número foi de 52% no Paquistão, 84% na Rússia, 78% na Alemanha e 70% nos EUA e na Grã-Bretanha.
A pesquisa foi realizada antes dos atentados a bomba ocorridos na semana passada em Londres.
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