Argentinos irão às urnas neste domingo (22)| Foto: EFE/ Tomás Cuesta/POOL /ARCHIVO
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Metade dos argentinos prioriza a eficácia em detrimento da democracia, segundo uma pesquisa divulgada às vésperas do primeiro turno das eleições gerais, que acontecem neste domingo (22).

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O levantamento também revela que 72% dos moradores do país estão insatisfeitos com a democracia e que 50% aceitam que o governo seja antidemocrático, desde que resolva os seus problemas.

O estudo foi realizado pela Faculdade de Direito da Universidade Austral de Buenos Aires, o instituto de pesquisas Poliarquía Consultores e a Ordem dos Advogados da Cidade de Buenos Aires.

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Uma falta de interesse pelos assuntos públicos é evidenciada pelo fato de 58% dos entrevistados mostrarem pouco ou nenhum interesse por temas discutidos no Congresso Nacional.

Por outro lado, sete em cada dez argentinos desaprovam o fato de o presidente da República emitir decretos de necessidade e urgência em vez de enviar projetos de lei ao Congresso Nacional.

O que os argentinos esperam no futuro?

Pouco antes das eleições gerais nas quais serão eleitos o presidente e o vice-presidente, 130 deputados e 24 senadores nacionais, além dos membros do Parlamento do Mercosul, a mesma sondagem revela que 40% dos argentinos pensam que dentro de um ano a situação do país será pior, contra 27% que estão otimistas e 20% que acreditam que estará igual.

Sobre a confiança nas instituições e nos grupos sociais, as universidades públicas são as únicas que obtêm uma classificação elevada, enquanto as forças armadas, as forças de segurança, as organizações da sociedade civil e a Igreja Católica se situam em um patamar intermediário.

Imprensa, Congresso, Suprema Corte, Poder Judiciário, Presidência da República, as empresas, os partidos políticos e os sindicatos ocupam os lugares mais baixos em termos de aprovação social.

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Preocupação com a segurança

Em um país que tem sido afetado por um aumento da violência e da insegurança dos cidadãos, especialmente nos bairros mais pobres e em províncias como Santa Fé, 54% dos entrevistados consideram que uma pessoa presa por homicídio deve ser condenada à pena de morte e 60% consideram que é preferível que um cidadão mate alguém que comete um crime do que o deixe escapar.

Quase três quartos (73%) dizem que, na realidade, nem todos os argentinos são iguais perante a lei, uma percepção que cresceu dez pontos em relação ao que se pensava em 2014. Além disso, 72% acreditam que os juízes têm pouca ou nenhuma independência para tomar suas próprias decisões.

O estudo foi realizado com uma amostra de 1.000 casos em um universo de pessoas residentes em grandes centros urbanos com 18 anos ou mais. Os dados foram coletados através de entrevistas por telefone fixo e celular, com margem de erro de 3,10% e nível de confiança de 95%.