Uma nova pesquisa de intenção de voto mostrou a coalizão governista com ampla vantagem sobre a oposição socialista na eleição geral em Portugal, marcada para 4 de outubro, embora o levantamento não mostre os governistas conquistando a maioria parlamentar, com um grande número de eleitores ainda indecisos.
Outras pesquisas apontam para uma disputa muito mais apertada, o que pode testar a capacidade do país de consolidar ganhos econômicos após uma crise da dívida. Analistas afirmam que um governo de maioria e estável será chave para manter a recém iniciada recuperação.
A mais recente pesquisa, do respeitado instituto da Universidade Católica, publicada na sexta-feira, mostra a coalizão governista de centro-direita, liderada pelo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, com 41 por cento das intenções de voto, e os socialistas de centro-esquerda, com António Costa à frente, em segundo lugar, com 34 por cento.
Os pesquisadores da Católica alertaram, no entanto, que a nova pesquisa diária tem mais o objetivo de detectar tendências entre os indecisos do que de prever o resultado.
Outros dois levantamentos divulgados na sexta-feira mostram a disputa praticamente empatada. A Eurosondagem, por exemplo, dá aos socialistas 1,5 ponto percentual de vantagem sobre os governistas, com 35,5 por cento das intenções de voto, enquanto a Aximage dá à coalizão de centro-direita uma pequena vantagem: 35,3 por cento a 34,7 por cento.
Apesar de dar a vantagem aos socialistas em termos de votos, o levantamento da Eurosondagem mostra a coalizão governista conquistando mais cadeiras no Parlamento de 230 assentos, devido à diferença de peso entre os mandatos eleitorais nas regiões de Portugal.
A pesquisa da Católica ouviu 647 pessoas entre os dias 14 e 17 de setembro. A margem de erro é de 3,9 pontos percentuais.
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