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Pessoas entre 60 e 79 anos que não foram vacinadas contra a Covid-19 têm 20 vezes mais chances de morrer do que as imunizadas, segundo um relatório do Centro de Coordenação de Alertas e Emergências Sanitárias (CCAES) da Espanha.
A ministra da Saúde da Espanha, Carolina Darias, divulgou no fim de semana os resultados desta pesquisa durante uma visita a um centro de vacinação da região de Extremadura.
De acordo com o mesmo documento, as pessoas dessa faixa etária que não foram vacinadas têm 16 vezes mais chance de serem hospitalizadas devido à doença.
E os vacinados, por outro lado, têm 30 vezes menos probabilidades de darem entrada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), explicou a ministra.
“Os dados são contundentes”, disse Carolina Darias, que elogiou o elevado nível de vacinação da população espanhola, uma das mais altas do mundo, e a incentivou a continuar desta forma e também a receber a dose de reforço.
“Sabemos que a melhor arma contra a pandemia é vacinar, vacinar e vacinar”, argumentou. “Está demonstrado que a vacinação é a melhor forma de combater a gravidade da doença e de salvar vidas.”
Ela também observou que a taxa de mortalidade, agora em 1,3%, diminuiu com o progresso da vacinação. Esse indicador era de 4% poucos dias após o início da primeira onda de casos na Espanha, em março de 2020.
No momento, o país registra uma incidência de casos nunca antes vista, com uma média de 2.722 casos por 100 mil habitantes em 14 dias; os pacientes mais graves correspondem a 22% das UTIs.
Na Espanha, com 47,5 milhões de habitantes, mais de 80% da população está totalmente vacinada.
Além disso, 31,5% das crianças de 5 a 11 anos já receberam ao menos uma dose da vacina e, segundo os últimos dados oficiais, 86,8% da população com idade entre 12 a 19 anos tem a dosagem completa.
Atualmente, as pessoas a partir de 40 anos recebem a dose de reforço, que oito em cada dez pessoas com mais de 60 anos já receberam.
Mais de 5 mil idosos morreram em decorrência da Covid-19 em asilos durante 2021, o ano da vacinação, enquanto quase 26 mil faleceram em 2020 com um teste positivo ou sintomas compatíveis com o coronavírus, de acordo com dados divulgados no fim de semana.
No ano passado, o Centro de Prevenção e Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos divulgou estudou que apontou que as pessoas não vacinadas tinham um risco mais de seis vezes maior de testar positivo para Covid-19 e um risco mais de 11 vezes maior de morrer da doença, em comparação aos vacinados.
Volta às aulas
Cerca de 10 milhões de alunos voltaram às aulas presenciais na Espanha nesta segunda-feira (10) após as festas de fim de ano, no auge da onda mais contagiosa do coronavírus.
O governo e as regiões acordaram que as aulas continuarão a ser totalmente presenciais, como antes do período do Natal, uma vez que os centros educativos espanhóis são “seguros”, mesmo com a epidemia batendo recordes de casos dia após dia.
A rápida propagação da variante ômicron, altamente contagiosa, e as sucessivas celebrações festivas, que no país terminaram na última quinta-feira, favorecem um contágio em massa, cujos efeitos serão notados durante vários dias nas estatísticas sanitárias, segundo as autoridades.
Portanto, o retorno às aulas foi realizado com estrito cumprimento dos protocolos de saúde, embora com a recomendação de amenizar quarentenas.
As aulas começaram, no entanto, com parte dos professores de licença por estarem infectados ou em quarentena após terem tido contato com alguém que testou positivo para Covid-19.
Segundo a RTVE, a variante ômicron gerou uma ausência de 6 a 8% dos docentes, conforme cálculos de sindicatos e centros educacionais, enquanto as primeiras estimativas das Comissões de Trabalhadores apontam que de 4 a 6% dos professores não estiveram em sala de aula devido à doença.