Uma enquete publicada nesta terça-feira no site do jornal "The Guardian", aponta que 61% dos britânicos acreditam que as Ilhas Malvinas devem ser protegidas "a todo o custo", enquanto apenas 32% são a favor da negociação com a Argentina.
A pesquisa foi realizada duas semanas antes do 30º aniversário da Guerra das Malvinas que opôs Argentina e Reino Unido pela soberania do território.
As tensões entre Londres e Buenos Aires pela posse das ilhas localizadas no Atlântico Sul chegaram a níveis críticos nos últimos meses, após a missão do príncipe William no arquipélago.
O governo argentino acusou os britânicos de "imperialistas" e de militarizar a região. Houve bloqueio nos portos argentinos às embarcações com bandeira de Malvinas, que é comandada pelos britânicos desde 1833.
A enquete divulgada nesta terça-feira revela que o desejo sobre soberania britânica nas ilhas é majoritário em todas as classes sociais e regiões do Reino Unido, com exceção do País de Gales.
Entre as mulheres, 56% apóiam a defesa a qualquer preço, contra 35% que desejam a negociação. Entre os homens, a rejeição ao diálogo com a Argentina é maior, com diferença de 66% contra 29%.
Entre os eleitores conservadores está o maior entusiasmo em defender os resultados da vitória militar da ex-primeira-ministra Margaret Thatcher, que declarou guerra à Argentina no dia 2 de abril de 1982 depois que os argentinos invadirem as ilhas: 78% apostam em proteger as Malvinas a qualquer preço, enquanto apenas 2 % estariam a favor da negociação.
Entre os jovens de 18 a 24 anos está a menor vontade de um conflito com os argentinos, com 49% dos entrevistados se dizendo a favor da negociação, contra 39% de rejeição a essa estratégia.
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