Os números adiantados na segunda-feira (24) à noite confirmam o resultado da pesquisa do Instituto Datanálisis, divulgado nesta terça-feira (25). Com dez pontos percentuais a menos, menor diferença até então, o opositor Henrique Capriles chega a 39% das intenções de voto, contra 49,4% do presidente venezuelano Hugo Chávez. A pesquisa, realizada entre 25 de agosto e 5 de setembro, tem margem de erro de 2,4%. No total, 21,5% dos 1.600 entrevistados não se pronunciaram.
Capriles teve aumento de nove pontos percentuais em relação a mesma pesquisa realizada em junho, enquanto Chávez subiu três pontos. Para Luis Vicente León, diretor do Datanálisis, o impacto da campanha foi "extraordinário". O jovem governador de 40 anos começou a campanha com a intenção de votos em torno de 30%.
Mas o candidato opositor tem viajado exaustivamente por todo país, em uma campanha de porta em porta, buscando os votos da classe média e dos municípios mais populares, bastiões tradicionais de Chávez. Capriles já protagonizou 62 viagens, contra apenas 18 realizados pelo presidente. No mês passado, pela primeira vez, a empresa Consultores 21 colocou Capriles à frente das intenções de votos, mas com uma diferença mínima.
Para o diretor do Datanálisis, o câncer do presidente venezuelano foi uma das causas para o baixo desempenho de Chávez durante a campanha, principalmente se comparado à campanha de 2006. Segundo ele, no entanto, os resultados não são definitivos e podem haver mudanças até o dia 7 de outubro.
"A campanha de Chávez se concentrou em aparições controladas em 18 cidades e longos discursos transmitidos em cadeias de rádio e TV, além de uma intensa promoção midiática. E pela primeira vez, depois de quase 14 anos de governo, o presidente enfrentará um rval forte", explica Luis Vicente León.
Resultados
Nas pesquisas de confiança de Chávez, como a Gis XXI, o presidente venezuelano aparece com até 56% das intenções de voto, ventagem "irreversível" rumo a um terceiro mandato, de acordo com ele. Capriles, por sua vez, aposta suas fichas em institutos de pesquisa como Consultores 21 e Varianzas. No mês passado, pela primeira vez, a empresa Consultores 21 colocou Capriles à frente das intenções de votos, mas com uma diferença mínima.
Diante das acusações de parcialidade política nos resultados das sondagens, especialistas dizem que as variações são em função de detalhes técnicos como a estratificação da mostra e o tipo de entrevista que é realizada.