O ex-presidente social-democrata Alan García segue na liderança da corrida pela presidência do Peru, à frente de seu rival nacionalista Ollanta Humala, apesar de a distância entre eles ter diminuído, segundo pesquisas realizadas na última semana e dados a serem divulgados nesta sexta-feira.

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A dois dias do segundo turno eleitoral, uma pesquisa da Universidade de Lima, realizada por meio de uma simulação de votos secretos, apontou García como ganhador, com 55,9%, ante o militar aposentado, com 44,1%.

Segundo o analista Luis Benavente, da Universidade de Lima, o candidato social-democrata caiu nas intenções de voto, enquanto Humala subiu, mas não a um nível que implique riscos a uma eventual vitória de García.

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- O efeito pós-debate favorece Humala - comentou ele, referindo-se a um debate na TV realizado entre os dois candidatos, na semana passada. - Apesar de sua vantagem ter diminuído, a queda de García é mais suave nos últimos dias - acrescentou.

Para esta pesquisa foram entrevistadas 2.361 pessoas no dia 31 de maio, e a margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. A amostra representa 87% da população votante, que soma 16,5 milhões de pessoas maiores de 18 anos.

A pesquisa da Companhia Peruana de Investigação de Mercados (CPI) apontou que o ex-presidente obteria 53,8% dos votos nas eleições, ante 46,2% do candidato nacionalista.

Pesquisa anterior feita pela mesma empresa nos dias 24 e 25 de maio, nas mesmas condições, dava 59,9% a García e 40,1% a Humala.

- As acusações contra García aparentemente funcionaram e foi capitalizada em favor de Humala - disse Manuel Saavedra, diretor da CPI.

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Nos últimos dias, a campanha eleitoral peruana foi marcada por duros ataques entre os candidatos. Enquanto García acusou Humala de autoritário, o nacionalista rotulou o ex-presidente de "corrupto e ladrão".

A pesquisa da CPI foi realizada entre os dias 31 de maio e 1o de junho, com 1.700 pessoas e uma margem de erro de 2,4 pontos percentuais para mais ou para menos.

Na noite de quinta-feira, uma pesquisa da empresa privada Apoyo, usando a técnica de simulação de votos secretos e à qual a Reuters teve acesso, antecipou García como vencedor, com 53%, enquanto Humala obteria 47%.

O estudo da Apoyo foi realizado a partir de entrevistas com duas mil pessoas e tem uma margem de erro de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

No primeiro turno eleitoral, em 9 de abril, Humala triunfou com 30,62% contra 24,33% de García.

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