Os usuários de internet têm muitos interesses em comum, mas os homens se caracterizam por consumir mais notícias, informações sobre investimentos em ações, esportes e pornografia. Já as mulheres procuram mais conselhos sobre relacionamentos, saúde e religião, segundo revela uma abrangente pesquisa feita nos Estados Unidos.

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O estudo da Pew Internet & American Life, descobriu que os homens usam um pouco mais a rede mundial de computadores do que as mulheres; conectam-se com mais freqüência e passam mais tempo online. Além disso, o público masculino também possui mais acesso a conexões de banda larga do que as mulheres.

- Os homens tendem a se sentir mais atraídos por atividades online que envolvam algum tipo de ação, enquanto as mulheres tendem a dar mais valor a coisas envolvendo relacionamentos ou ligações humanas - disse a autora do estudo e pesquisadora da Pew, Deborah Fallows.

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Um grande número de homens também surfa pela internet em busca de prazer, com 70% deles admitindo que se conectam para passar o tempo, enquanto que, entre as mulheres, esse percentual é um pouco menor: 63%.

E se os homens também tendem a ouvir mais música, a usar webcams e pagar por conteúdos digitais exclusivos, as mulheres, por sua vez, se utilizam mais de e-mails para se corresponder, para dividir histórias, para resolver problemas e para obter informações sobre trabalho, amigos e parentes.

Respeitadas as devidas diferenças, a pesquisa conclui que as mulheres começam a alcançar os homens em vários dos assuntos abrangidos pelo estudo, já que ambos encaram a internet como uma fonte de informação e uma ferramenta eficaz de comunicação.

No total, a percentagem de homens e mulheres que se utilizam da web é quase igual. Aproximadamente 68% dos homens e 66% das mulheres se encaixam nesse perfil. Os números são bem superiores aos registrados em 1995, quando outra pesquisa da Pew constatou que 20% da população americana usavam a internet, dos quais 58% eram homens.

A pesquisa também descobriu que, na década passada, os homens se dispuseram mais a realizar encontros ou transações envolvendo riscos maiores, como participar de salas de bate-papo, leilões virtuais e investimento em ações. Os leilões atraíram 30% de homens contra 18% de mulheres.

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Além disso, 21% dos usuários masculinos confessaram procurar pornografia na internet, contra apenas 5% das mulheres, concluiu a pesquisa. Mas, conforme admitiu Fellows, esse tema também é mais difícil de ser auferido em uma pesquisa.

Ao mesmo tempo, 74% das mulheres procuram por informações sobre saúde, um índice muito maior que o registrado entre os homens (58%). As mulheres também buscam mais informações sobre religião que os homens: 34% contra 25%.

Os homens conectam-se com mais freqüência: 44% deles admitem acessar a internet várias vezes por dia, contra 39% das mulheres. Essa diferença resulta também do fato de os homens possuírem conexões de banda larga em maior número (78%) que o público feminino (69%), que perde mais tempo com os acessos por conexões dial-up (discagem por telefone) .

Baseada em respostas de milhares de usuários americanos a um questionário abrangendo 90 diferentes áreas de atividades online, a pesquisa da Pew descobriu que algumas diferenças também se referem mais a diferenças entre gerações, do que apenas entre sexos.

Assim, mulheres mais jovens têm mais facilidade de lidar com atividades de tecnologia intensiva do que mulheres mais adultas. Oitenta e seis por cento delas, com idades entre 18 e 29, são internautas. Entre os homens, esse percentual é de 80%. Mas 34% dos homens acima dos 65 anos de idade acessam a internet, contra apenas 21% das mulheres idosas.

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Em 2004, 22% de adolescentes do sexo feminino criaram um blog ou outro tipo de diário online, contra apenas 17% dos rapazes. Ainda assim, o público jovem masculino (38%) é mais propenso a baixar músicas e vídeos, do que as garotas (24%), segundo o levantamento.

"As adolescentes podem fazer mais ou menos atividades do que os garotos, como baixar arquivos, mas a mensagem importante da pesquisa é que a tecnologia não está imóvel nas suas vidas", assinala o documento.

- A tendência é que, à medida que as mulheres jovens forem crescendo, elas superem os homens em termos de audiência total e acesso na internet - prevê Fallows.

A pesquisa realizada pela Pew se estende de 2000 a 2005, sendo que neste ano foram entrevistas 6.403 pessoas.