O climatologista Phil Jones admitiu à revista Nature que não foram utilizadas "as melhores práticas" científicas em uma pesquisa publicada no periódico sobre mudanças climáticas em que ele foi o autor principal. Jones era diretor da Unidade de Pesquisa Climática da Universidade de East Anglia, no Reino Unido, quando estourou o "climagate": e-mails roubados da universidade foram colocados na internet, em novembro de 2009. Depois, céticos do clima argumentaram que os climatologistas manipulavam dados para provar que o aquecimento global é provocado pela ação do homem. Jones está afastado do cargo.

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Um dos estudos colocados em dúvida - publicado na revista Nature - separava as estações meteorológicas conforme a localização (zona rural ou urbana). Porém, há a suspeita de que não existiam dados para realizar a separação. O trabalho serviu como base para o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) concluir que o aquecimento causado pela urbanização tem um efeito pequeno quando comparado ao aquecimento causado pelo gás carbônico.

Na pesquisa, os autores usaram dados de estações em todo o mundo. Em 2007, porém, o analista de dados de clima amador Doug Keenan criticou o resultado, citando que estações da China haviam sido movidas durante o estudo. Os dados foram obtidos com um contato chinês de um dos coautores de Jones, Wei-Chyung Wang, da Universidade de Albany, em Nova York, e posteriormente foram perdidos. Por isso, não havia nenhuma maneira de verificar alegação de Keenan.

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Jones afirmou que não sabia que os locais das estações eram questionáveis quando foram incluídos na pesquisa, mas como autor principal reconhece ter responsabilidade. Ele afirmou que precisa pensar se apresentará uma correção à revista.

O IPCC já assumiu o erro de falar que o derretimento do Himalaia poderia ocorrer até 2035. Agora, o governo holandês reclama que o dado usado pelo painel de que 55% do território da Holanda já está abaixo do nível do mar não está certo.