Um grupo de pesquisadores achou cerca de 40 pegadas de dinossauros de pelo menos 65 milhões de anos no estado mexicano de Puebla, no centro do país, informou nesta segunda-feira o Instituto Nacional de Antropologia e História (INAH).
Oscar Polaco Ramos, subdiretor de Laboratórios e Apoio Acadêmico da Coordenação Nacional de Arqueologia do INAH, disse que a descoberta foi feita em dezembro, em San Juan Raya, no município de Zapotitlán Salinas.
As pegadas foram encontradas na encosta de um rio que hoje é uma superfície seca e rochosa. A região é reconhecida como uma importante jazida de fósseis.
Polaco Ramos, que participa da pesquisa, disse que cada pegada mede de 30 a 60 centímetros de comprimento e largura, e 15 centímetros de profundidade.
Na nota, o especialista apontou que os rastros foram deixados por três diferentes espécies de animais pré-históricos que transitavam pela área para beber água num lago que existia há milhões de anos.
Ele lembrou que em maio foram descobertas no mesmo território 30 outras pegadas, provavelmente de brontossauros, herbívoros de 30 a 40 toneladas de peso e 20 metros de comprimento. Eram animais de cabeça pequena, patas muito pesadas e um pescoço muito longo, que usavam para comer brotos e folhas macias das copas das árvores.
Segundo o especialista, ainda é muito cedo para determinar a que tipo de dinossauro correspondem as últimas pegadas encontradas.
- Por enquanto podemos confirmar que são pegadas de dinossauros que viveram no Cretáceo Inferior, ou seja, entre 65 e 110 milhões de anos atrás - antecipou.