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A pesquisadora da UFPR Nádia Sabchuk (de bandana e segurando uma jaqueta amarela) desembarcando junto com o grupo de brasileiros em Punta Arenas, no Chile | REUTERS/Stringer
A pesquisadora da UFPR Nádia Sabchuk (de bandana e segurando uma jaqueta amarela) desembarcando junto com o grupo de brasileiros em Punta Arenas, no Chile| Foto: REUTERS/Stringer

Desde que chegaram a Punta Arenas, no extremo Sul do Chile, ainda no sábado (25), o grupo de cerca de 60 pessoas, entre militares e pesquisadores brasileiros, entrou em contato com familiares por e-mails e telefones para dar notícias, tranquilizar sobre o estado de saúde e repassar informações sobre o retorno para casa. A Gazeta do Povo apurou, neste domingo (26), que pelo menos quatro das cinco pesquisadoras paranaenses já fizeram contato com parentes em Curitiba e cidades da região. Elas passam bem e estão instaladas em hotéis aguardando o voo de retorno ao Brasil depois do incêndio que destruiu a Estação Comandante Ferraz, na Antártida.

A família de Nádia Sabchuk, mestranda em Ecologia e Conservação na Universidade Federal do Paraná (UFPR) conversou com a pesquisadora ainda na noite de sábado. A mãe de Nádia, Helfi Sabchuk, disse que todo o grupo resgatado ainda está impressionado com o incidente, principalmente pela morte dos dois militares que combatiam as chamas. "Eles estão muito chocados pelos rapazes que morreram, eram amigos delas, estavam convivendo direto".

A irmã de Nádia, Luíza, disse que a pesquisadora paranaense contou que muitas pessoas estavam acordadas quando o fogo começou por volta das 2h da manhã de sábado. Segundo o relato de Nádia, isso facilitou a saída das pessoas da estação. "Eles estavam começando uma festa e todo mundo estava acordado, o que ajudou." "Só não foi uma tragédia maior porque tinha muito gente acordada", completou a mãe de Nádia.

A coordenadora da pós-graduação em Ecologia e Conservação da UFPR, Lucélia Donatti, que está em Curitiba, confirmou que as outras pesquisadoras conversaram com familiares, mas que como as cientistas ainda estão abaladas pelo episódio foi optado por preservá-las do contato com a imprensa até o retorno ao Brasil.

Viagem frustrada

A pós-doutora em botânica, Franciane Maria Pellizzari, teve a viagem de pesquisa na Antártida frustrada por conta do incêndio na Estação Comandante Ferraz. Ela é professora adjunta da Universidade Estadual do Paraná (UEP), campus FAFIPAR, em Paranaguá, no Litoral do estado, e coordena o Laboratório de Ficologia e Qualidade de Água Marinha (Laquamar)

Ela saiu de Curitiba na última sexta-feira (23) para ir à base de pesquisa brasileira e está embarcada em um dois navios que a Marinha utiliza para dar suporte aos pesquisadores brasileiros. Pelo que foi possível confirmar, Pellizzari estava próxima a Punta Arenas no sábado, quando houve o incidente.

Segundo informações não confirmadas, ela estaria a bordo do Navio Polar Maximiano, que estaria ajudando no deslocamento das equipes para iniciar a limpeza e fazer a avaliação dos estragos causados pelo fogo a estação brasileira. O outro navio da Marinha, utilizado neste tipo de deslocamento é o Navio Ary Rangel.

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