Rafael Correa foi reeleito presidente do Equador nas eleições deste domingo (17), segundo pesquisas de boca de urna. De acordo com a pesquisa, Correa teve 61% dos votos, contra 21% do mais próximo dos sete adversários no pleito, o ex-banqueiro Guillermo Lasso, segundo o instituto Opinión Pública, cuja pesquisa foi divulgada pela TV estatal Ecuadorean.
Outra pesquisa, da Cedatos-Gallup, indica que o atual presidente recebeu 61,5% dos votos, enquanto Lasso teria ficado com 20,9%. Uma terceira, do Centro de Pesquisas e Estudos Especializados (Ciees) aponta uma vitória de Correa com 58,8%, contra 23,1% para o direitista Lasso.
Todas as pesquisas dão a reeleição a Correa. Para evitar o segundo turno no Equador, o candidato precisa de pelo menos 50% dos votos válidos (sem incluir brancos ou nulos) ou 40% deles e uma diferença de ao menos 10 pontos percentuais em relação ao segundo colocado.
Correa, economista de 49 anos com uma popularidade de cerca de 80%, prometeu radicalizar suas políticas socialistas, embora seu governo tenha sido marcado por uma tendência ao centro. Ele havia sido eleito pela primeira vez em 2007, e reeleito em 2009, em eleições antecipadas, após a promulgação de uma nova Constituição impulsionada por ele.
O candidato se favorece pelo bom desempenho da economia nos últimos anos, que fez surgir uma "nova classe C" no país. Também contribui para o seu favoritismo a divisão dos opositores.
Os equatorianos também foram às urnas para eleger seus representantes no Congresso. Segundo o diretor da CMS, Santiago Cuesta, Correa deve obter com seu movimento Alianza País (AP) uma maioria absoluta com entre 60% e 65% dos 137 assentos. Atualmente, o AP tem o principal bloco, mas não chega a ser maioria, razão pela qual Correa colocou como objetivo-chave no pleito consolidar sua força no Legislativo.