Esquenta campanha para eleições presidenciais na França
Cartazes dos candidatos à Presidência francesa foram fixados nos painéis dispostos em frente aos 85 mil colégios eleitorais de todo o país.
Uma pesquisa divulgada na terça-feira indica que a eleição presidencial francesa está cada vez mais centrada entre o direitista Nicolas Sarkozy e a socialista Ségol¨ne Royal, enquanto os outros candidatos perdem terreno.
O ex-ministro Sarkozy passou várias semanas isolado na liderança, mas no levantamento do instituto CSA, divulgado pelo jornal Le Parisien, ele aparece pela primeira vez em empate técnico com Royal. O primeiro turno é no domingo, e os dois provavelmente voltam a se enfrentar no segundo turno de 6 de maio.
Royal atravessou uma crise de credibilidade durante sua campanha, e muitos pesquisadores chegaram a apontar a possibilidade de que os votos dos indecisos recaíssem sobre o centrista François Bayrou.
Agora, porém, os analistas dizem que a tendência do eleitorado anti-Sarkozy é mesmo votar em Royal, a despeito das persistentes dúvidas sobre suas propostas, que prevêem gastos elevados.
"Se outras pesquisas mostrarem que ela pode derrotá-lo, Bayrou está morto. A esquerda vai votar totalmente em Royal", disse Paul Bacot, da Faculdade de Ciências Políticas de Lyon.
A eleição presidencial vai tomando a forma de um referendo sobre Sarkozy, que foi um ministro do Interior linha-dura em questões de imigração e segurança, o que seduz muitos eleitores de direita, mas tem uma personalidade explosiva, o que é muito explorado por seus adversários.
O rosto sorridente de Sarkozy está sendo vandalizado em cartazes espalhados por toda a França, enquanto a propaganda dos demais 11 candidatos em geral é mantida intacta.
Uma pesquisa publicada na terça-feira pelo jornal Libération mostrou que 67 por cento dos franceses se interessaram pela campanha presidencial de 2007, enquanto em 2002 a eleição despertou a atenção de apenas 42 por cento.
Na mesma pesquisa, 70 por cento declararam que seria ruim para a democracia se Jean-Marie Le Pen, novamente candidato, chegasse ao segundo turno, e 78 por cento consideram que isso seria ruim para a imagem mundial da França.
Na pesquisa do CSA, Sarkozy aparece com 27 por cento, seguido por Royal (25 por cento), Bayrou (19) e Le Pen (15,5). Tradicionalmente, porém, Le Pen tem um eleitorado "envergonhado", e por isso ele continua convencido de que chegará ao segundo turno. "Não será a primeira vez que teremos uma surpresa", afirmou ele à rádio France Inter.
A campanha termina à meia-noite de sexta-feira, e os principais candidatos estão cruzando o país num último esforço para conquistar os indecisos, enquanto a TV e o rádio transmitem um grande volume de propaganda eleitoral dos 12 postulantes.
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