Imagine uma rede de teleféricos transportando moradores dos morros do Rio de Janeiro para o centro da cidade e vice-versa. Um sistema como esse já começou a funcionar em Caracas. Desde o ano passado, a primeira linha do "metrocable" está em operação no bairro San Agustín, uma cadeia de morros de grande concentração de trabalhadores. O transporte é de graça e conecta duas estações do metrô. Não faltam elogios dos moradores, que gastavam uma eternidade para subir e descer dos morros e agora chegam ao metrô ou em casa em cinco minutos. A linha tem 52 cabines, cinco estações e transporta 40 mil pessoas diariamente. Para as crianças é uma diversão. Dá até uma sensação de Peter Pan voando sobre barracos.
Poluição política
Desde que se proibiu a fixação de cartazes de propaganda política em postes, as campanhas eleitorais no Brasil deram um ar de civilidade. Na Venezuela, no entanto, o vale-tudo continua. Os postes ficaram emporcalhados nas últimas semanas em todas as cidades do país. Nos bairros ricos a oposição dominou. Na periferia, só deu propaganda dos chavistas.
Invasão no Twitter
Tem gente escrevendo mensagens no Twitter de Chávez sem ele saber. Pelo menos é o que diz o ministro de Interior e Justiça, Tareck El Aissami. "Foi detectado o envio de três mensagens que não foram escritas pelo presidente comandante. Uma dessas mensagens foi escrita no momento em que o presidente estava em um ato de governo transmitido pela Tevê Venezuelana", disse o ministro. A bronca agora fica com a rede social. O governo já pediu aos administradores do Twitter uma investigação rápida. A conta de Chávez, @chavezcandanga, tem mais de 800 mil seguidores.
Misturando as coisas
Alguns jornalistas da Venezuela parece que não entenderam bem o que é independência e autonomia na profissão. Carla Angola (foto 2), a estrela do programa de entrevistas Buenas Noches, da rede privada Globovisión, poderia ter mais credibilidade se deixasse de posar como garota-propaganda. Ela aparece nas tevês, jornais e revistas vendendo óculos, sapatos e outros produtos. O intrigante é que, logo após um bloco pesado, em que ela questiona autoridades do país, no intervalo aparece um comercial em que a estrela é a mesma, Carla Angola. Não dá para levar a sério.
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