![Petro adverte estatal que continuará com plano de impedir novas concessões de petróleo O presidente eleito Gustavo Petro com a vice-presidente eleita Francia Márquez, em evento em Bogotá no final de junho](https://media.gazetadopovo.com.br/2022/07/12185644/petro.petroleo-960x540.jpg)
O presidente eleito da Colômbia, Gustavo Petro, que tomará posse em 7 de agosto, advertiu nesta terça-feira (12) a companhia petrolífera estatal Ecopetrol de que irá avançar em seu plano de fazer uma transição energética para energias limpas no país, um projeto que tem causado preocupação na esfera econômica.
“Não nos impeça. O voto popular é um mandato. Quero produzir um consenso, mas não ‘dobrar’ o voto popular que quer energia limpa”, disse Petro em mensagem em sua conta no Twitter, respondendo a um artigo de imprensa que fala sobre como funciona a governança corporativa da Ecopetrol, a maior empresa do país, para proteger os acionistas.
De acordo com o artigo do jornal La República citado por Petro em seu tuíte, a Assembleia de Acionistas da Ecopetrol aprovou recentemente uma mudança para aumentar o mandato de seu Conselho de Administração, no qual há representantes do governo, de dois para quatro anos, de modo que a gestão da empresa seja independente dos ciclos políticos do país.
A este respeito, Petro destacou que “o proprietário público escolhe livremente os seus membros nas empresas que o representam. É a representação do povo”.
Durante a última campanha presidencial, Petro destacou que quer passar “de uma economia extrativista para uma economia produtiva”, bem como interromper a nova exploração de petróleo no país como parte da transição para energias limpas.
O temor de que medidas nesse sentido afetem a Ecopetrol fez com que as ações da petroleira caíssem acentuadamente nos dias que se seguiram à eleição de Petro, embora posteriormente tenham começado a se recuperar.
Em seu discurso de vitória, o presidente eleito também propôs que os países da América Latina se unam para dialogar com os Estados Unidos e lançar as bases para uma “transição energética” diante das mudanças climáticas.
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