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Colômbia

Petro chama Netanyahu de “louco” e “Herodes matando crianças”

Presidente da Colômbia deu nova declaração contra a ofensiva em Gaza realizada por Israel, que o acusa de antissemitismo (Foto: EFE/Mauricio Dueñas Castañeda)

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O presidente da Colômbia, o esquerdista Gustavo Petro, afirmou neste sábado (18) que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, é um “louco” que está “matando muita gente” em Gaza ao estilo de Herodes, durante um discurso na Feira do Livro da Venezuela, em Caracas.

“Hoje estamos vendo um senhor louco, que é Netanyahu”, disse Petro durante a apresentação do seu último livro, “Una vida, muchas vidas”, na qual também criticou os Estados Unidos por apoiarem a ofensiva de Israel na Faixa de Gaza porque “o capital israelense é dono do setor bancário americano”.

“Eles não percebem que estão matando muitas pessoas, não apenas pessoas, bebês”, acrescentou Petro, que comparou Netanyahu a “um Herodes poderosíssimo matando crianças na Terra”.

O presidente colombiano critica a operação de Israel em Gaza desde o início do conflito e chegou a comparar o Estado judeu ao nazismo.

“Se eu tivesse vivido na Alemanha em 1933, teria lutado ao lado dos judeus, e se tivesse vivido na Palestina em 1948, teria lutado do lado palestino. Agora, os neonazistas querem a destruição do povo, da liberdade e da cultura da Palestina”, escreveu Petro no X em 8 de outubro, dia seguinte aos ataques do grupo terrorista Hamas em Israel que deixaram 1,2 mil mortos.

Depois, prometeu levar Israel ao Tribunal Penal Internacional (TPI) por supostos crimes de guerra. Além disso, no final de outubro, Petro convocou o embaixador colombiano em Israel, medida considerada uma forma de protesto no mundo diplomático.

Petro anunciou também que irá propor às Nações Unidas a admissão da Palestina como membro de pleno direito e deixará de comprar armas de países que não apoiaram no organismo a proposta de cessar-fogo em Gaza.

Essa postura levou o Estado judeu a descrever as declarações de Petro como “hostis e antissemitas” e criticá-lo por não condenar explicitamente os ataques terroristas perpetrados contra o país em 7 de outubro.

“Acho que os líderes de Venezuela, Colômbia, Bolívia, Chile e outros que nos criticaram deveriam mostrar alguma decência e respeito e levar a reivindicação dos reféns aos líderes mundiais, pressionando o Irã e seus aliados, incluindo o Hamas”, declarou Herzog. (Com Agência EFE)

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