O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, desconversou nesta quarta-feira (25) a respeito de uma medida, aprovada na véspera pelo Senado colombiano, para instá-lo a reconhecer o oposicionista Edmundo González como o vencedor da eleição presidencial na Venezuela.
Após ter sido aprovada pela Câmara dos Deputados em agosto, a proposta não vinculativa passou no Senado com 48 votos favoráveis e seis contrários.
“O Congresso da Colômbia, por ordenamento constitucional, não pode exigir posições do presidente em matérias de política internacional”, escreveu Petro no X, segundo informações da imprensa colombiana.
“A proposta é um pedido e irei estudá-la dentro das decisões que tiver que tomar, sempre consultando, antes de mais nada, o interesse geral da sociedade colombiana”, acrescentou.
O documento aprovado no Senado argumenta que “é imprescindível que o governo da Colômbia adote uma postura clara e firme a favor da democracia, alinhando-se com os países que já rejeitaram os resultados fraudulentos”.
Desde a eleição presidencial de 28 de julho na Venezuela, que grande parte da comunidade internacional e a oposição dizem ter sido vencida por Edmundo González, mas na qual o órgão eleitoral chavista atribuiu vitória ao ditador Nicolás Maduro, Petro e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vêm cobrando a divulgação das atas de votação do processo.
Na terça-feira (24), após discursar na Assembleia Geral da ONU, em Nova York, Petro disse que Maduro “certamente tomará posse em 10 de janeiro de 2025” e que é necessário “esperar para ver quem será o próximo presidente dos Estados Unidos e com esse novo governo construir uma solução política para os problemas da Venezuela”.
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