Gustavo Petro, novo presidente da Colômbia, em coletiva de imprensa do dia 8 de agosto de 2022, quando estava recebendo o presidente do Chile em Bogotá.| Foto: EFE / Mauricio Dueñas Castañeda
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O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, afirmou nesta terça-feira que já houve aproximações com a Venezuela para a "normalização das relações", mas negou rumores de um possível encontro com seu homólogo venezuelano, Nicolás Maduro, dizendo que há um longo processo pela frente.

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"Se houvesse uma reunião, haveria não apenas informação, mas também preparação e isso não existe", disse o novo presidente colombiano à imprensa, negando informações que circulam na mídia colombiana sobre um possível encontro em Bogotá entre os dois presidentes neste final de semana.

O chefe de Estado colombiano assegurou que a reaproximação ocorreu "antes mesmo da posse" para começar a trabalhar na "normalização das relações, que é um processo que implica na abertura da fronteira".

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Esse processo passa a incluir não só a abertura da fronteira terrestre para a passagem de pedestres, que já existe há meses, mas também o restabelecimento de "relações comerciais, culturais, sociais, inclusive familiares, e militares, de todos os tipos".

"É preciso reconstruir (as relações que já existiam) para que todo o processo possa começar, ou seja, são as etapas anteriores à normalização", destacou Petro, que assegurou que em "dois meses" podem "estar com o mais importante resolvido".

Por enquanto, o chanceler colombiano, Álvaro Leyva, fez contatos com o governo venezuelano "para processar a abertura da fronteira", enquanto o ministro da Defesa venezuelano, Vladimir Padrino, informou nesta terça-feira que foi ordenado o "restabelecimento" das relações militares entre os dois países.

"Recebi instruções do comandante em chefe da FANB (Força Armada Nacional Bolivariana), Nicolás Maduro, para estabelecer imediatamente contato com o ministro da Defesa colombiano para restabelecer nossas relações militares", escreveu o chefe militar venezuelano na conta de Twitter da instituição.

Colômbia e Venezuela, que compartilham uma fronteira de 2.219 quilômetros, não mantêm relações diplomáticas desde que estas foram rompidas em 23 de fevereiro de 2019 por ordem do presidente venezuelano, em meio a uma escalada de tensões com seu homólogo colombiano na época, Iván Duque, por seu respaldo ao líder opositor Juan Guaidó.

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Desde então, o governo venezuelano acusou Duque de elaborar planos terroristas contra o país e lançou uma campanha militar nas cidades fronteiriças para combater o "tancol", sigla inventada que não se refere a nenhum grupo específico e significa "terroristas armados narcotraficantes colombianos".

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]