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O esquerdista Gustavo Petro. presidente da Colômbia, discursou durante a Conferência de Segurança Mundial, em Munique, na Alemanha, na semana passada| Foto: Carlos Ortega/EFE

O presidente colombiano, Gustavo Petro, culpou seu antecessor, Iván Duque, e os Estados Unidos pela crise migratória enfrentada na Venezuela, ignorando o cenário ditatorial imposto por Nicolás Maduro no país.

O mandatário de esquerda afirmou, durante participação no primeiro painel da Conferência de Segurança Mundial, em Munique, no sábado (17), que o bloqueio econômico implementado por Donald Trump, quando estava à frente da Casa Branca na ocasião, foi "o que produziu a migração venezuelana em milhões".

Petro também acusou o ex-presidente Iván Duque pela migração em massa para fora de Caracas. “O empobrecimento imediato da população produziu a emigração. As mulheres e os jovens foram humilhados nos nossos países e agora os migrantes marcham aos milhões em direção aos Estados Unidos. A política profundamente equivocada de Duque e Trump criou um novo ator de violência que explode em todas as sociedades americanas”, disse o presidente colombiano.

Ainda durante o discurso, o mandatário esquerdista disse que fará uma mudança nessa política. “A Colômbia está interessada em ver a sociedade venezuelana vivendo em paz, em democracia profunda e voltando a ter bem-estar econômico e social ”, afirmou, sem mencionar a perseguição política orquestrada pelo chavismo no pais vizinho. “O bloqueio deve ser retirado e deve haver eleições livres na Venezuela”, acrescentou.

Petro anunciou, por fim, que seu governo abrirá “universidades públicas gratuitamente aos jovens colombianos e venezuelanos residentes na Colômbia” e disse que espera o apoio dos Estados Unidos com “ajuda financeira para sustentar este programa”, a fim de combater o êxodo em massa.

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