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Presidente colombiano mudou oito dos 19 ministros do seu governo devido às dificuldades para avançar reformas no Legislativo
Presidente colombiano mudou oito dos 19 ministros do seu governo devido às dificuldades para avançar reformas no Legislativo| Foto: EFE/Lenin Nolly

Na segunda grande crise no seu gabinete ministerial em menos de um ano de mandato (assumiu em agosto), o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, anunciou as trocas de oito dos 19 ministros do seu governo.

Entre as pastas que tiveram mudanças, estão a da Fazenda, onde Ricardo Bonilla substitui José Antonio Ocampo; da Agricultura, com Jhenifer Mojica Flórez entrando no lugar de Cecilia López; e do Interior, com a entrada de Luis Fernando Velasco no posto que era ocupado por Alfonso Prada.

No final de fevereiro, Petro já havia trocado três ministros, incluindo o da Educação, Alejandro Gaviria, que havia criticado a reforma da saúde, que visa reforçar a atenção primária e levar cuidados médicos aos chamados “territórios abandonados”.

As novas trocas decorrem das dificuldades que o governo tem enfrentado para avançar suas reformas (entre elas a da saúde) no Legislativo colombiano e, segundo a imprensa local, incluem a saída de ministros moderados, procedentes de partidos que já não integram a coalizão governista, em benefício de nomes mais à esquerda. Alguns já trabalharam com Petro quando ele foi prefeito de Bogotá (2012-2015).

A pasta da Saúde, setor cuja reforma foi um dos motivos para as mudanças ministeriais, também sofreu mudança, com Guillermo Alfonso Jaramillo substituindo Carolina Corcho. O novo ministro foi secretário de Saúde de Bogotá durante a administração de Petro na capital colombiana.

“Hoje está sendo construído um novo gabinete, que vai ajudar a consolidar o programa do governo, programa que estará na base de um acordo nacional, franco e sincero de continuar a trabalhar a serviço das comunidades em todo o país”, afirmou o presidente em comunicado.

A oposição afirmou que as mudanças indicam uma radicalização do governo Petro. O deputado Andrés Forero disse ao canal do YouTube da revista Semana que o presidente buscou eliminar nomes de partidos que faziam parte da sua coalizão críticos à reforma da saúde.

“O governo busca explodir esses partidos, buscar a desinstitucionalização e assim abordar individualmente os parlamentares. Sinto que o presidente Petro está se radicalizando, está voltando a governar somente com as pessoas que o acompanharam na prefeitura de Bogotá”, disse Forero.

“Além disso, ele está repetindo um padrão que já ocorria na prefeitura, que era uma mudança constante, no caso, nas secretarias. E a verdade é que acho que, com isso, quem acaba perdendo são os colombianos”, argumentou o deputado oposicionista.

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