Em encontro com Biden na Casa Branca, presidente colombiano sugeriu retirada das sanções após eleições na Venezuela ou conforme uma agenda eleitoral fosse cumprida| Foto: EFE/EPA/OLIVER CONTRERAS
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O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, propôs nesta quinta-feira (20) ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, uma estratégia que consistiria em revogar progressivamente as sanções contra a Venezuela à medida em que o país governado por Nicolás Maduro avançasse em questões eleitorais.

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“Uma estratégia foi colocada sobre a mesa, que consiste em primeiro lugar em realizar eleições e depois revogar as sanções. Ou gradualmente, na medida em que uma agenda eleitoral for cumprida, essas sanções também serão revogadas”, disse Petro a jornalistas na Casa Branca, em Washington, onde se encontrou com Biden.

O presidente colombiano revelou que propôs um processo “de duas vias” que avancem em paralelo.

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Uma delas seria a derrubada das sanções dos EUA contra a Venezuela e a outra um calendário para eleições com garantias no país sul-americano, assim como o retorno dele ao Sistema Interamericano de Direitos Humanos.

A ideia de Petro é que esses dois aspectos estejam ligados e avancem em paralelo até que cheguem a um ponto em que o povo venezuelano possa “decidir, livremente, sem pressões e sem sanções, seu próprio destino”.

O governo Biden tem se mostrado aberto à possibilidade de derrubar as sanções contra a Venezuela, mas somente se forem tomadas medidas concretas para eleições livres e justas, se os direitos humanos forem fortalecidos e se a corrupção for combatida.

As sanções à Venezuela foram reforçadas no mandato de Donald Trump (2017-2021) com restrições econômicas contra várias autoridades venezuelanas, incluindo o filho do ditador do país, Nicolás “Nicolasito” Ernesto Maduro Guerra, e limites às operações americanas da Petróleos de Venezuela (PDVSA), a principal fonte de divisas estrangeiras de Caracas.

Biden tem mantido muitas dessas sanções. Entretanto, em novembro do ano passado, ele autorizou a empresa petrolífera Chevron a retomar as operações de extração na Venezuela de forma limitada.

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A Colômbia vai sediar na próxima terça-feira uma conferência internacional sobre a Venezuela, na qual as sanções estarão na agenda e também serão feitas tentativas para encontrar formas de reavivar o diálogo entre o chavismo e a oposição, que está paralisado desde novembro de 2022.

Nem a oposição ou o governo de Nicolás Maduro vão participar da conferência, que contará com a presença de ministros das Relações Exteriores de cerca de 20 países, disse Petro nesta quinta-feira.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]