Laura Sarabia foi integrada nesta sexta-feira (23) como braço direito do presidente da Colômbia, Gustavo Petro, ao ser empossada como diretora do Departamento Administrativo da Presidência da República (Dapre), sete meses depois de sua renúncia.
Sarabia, uma das pessoas de maior confiança de Petro, retorna assim à Casa de Nariño (sede da presidência) em uma posição de ainda mais poder do que a que ocupava quando era chefe de gabinete - uma função que não existe mais - e atuava como ligação entre o presidente e os ministros e comunicava a eles as linhas de ação.
Ela substituirá Carlos Ramón González, que também foi empossado nesta sexta-feira como chefe da Direção Nacional de Inteligência (DNI).
Esse não é o retorno oficial de Sarabia ao governo, pois ela já havia sido empossada em setembro como diretora do Departamento de Prosperidade Social (DPS), entidade com nível ministerial que administra um gordo orçamento.
"Vários de nós já nos conhecemos e trabalhamos no governo em outras funções", disse Petro na posse de Sarabia, sem mencioná-la diretamente e referindo-se apenas aos outros cargos em outras entidades que também foram empossados hoje.
O escândalo envolvendo Sarabia
Quando era chefe de gabinete de Petro, o nome de Sarabia começou a ficar manchado depois que a revista colombiana Semana publicou uma reportagem informando que uma babá, identificada como Marelbys Meza, foi acusada em janeiro do ano passado de roubar da casa dela uma pasta que supostamente continha US$ 7 mil.
Após o suposto roubo do dinheiro, os números de telefone da babá e da outra empregada foram interceptados ilegalmente pela polícia, usando como fachada uma investigação contra o grupo criminoso Clã do Golfo no departamento de Chocó, no oeste do país.
Além disso, Meza foi levada a uma unidade da Casa de Nariño, para ser interrogada e submetida a testes de polígrafo sem ordem judicial.
Essa denúncia enfraqueceu a posição de Sarabia no governo e, em 2 de junho, ela renunciou quase que simultaneamente com Armando Benedetti, então embaixador na Venezuela, que era seu chefe quando era senador e ela sua assessora.
Depois que o roubo se tornou conhecido, vazaram mensagens de Benedetti para Sarabia, nas quais ele a tratava de forma grosseira e depreciativa e a pressionava para conseguir um cargo mais importante, ameaçando revelar um suposto financiamento ilegal da campanha de Petro, em outros fatos que também estão sendo investigados.
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