O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, anunciou nesta segunda-feira (28) a saída dos ministros da Educação, Alejandro Gaviria, da Cultura, Patricia Ariza, e do Esporte, María Isabel Urrutia, em sua primeira crise no gabinete após seis meses no cargo.
"Estou grato pelos serviços prestados pelos ministros Alejandro Gaviria, María Isabel Urrutia e Patricia Ariza. Com as suas contribuições ajudaram a enriquecer o debate e a iniciar as mudanças que o país votou", disse Petro em discurso no qual se referiu às reformas promovidas pelo seu governo.
O presidente afirmou que Aurora Vergara, uma socióloga que foi vice-ministra do Ensino Superior, será a nova chefe dessa pasta, e nomeou Astrid Rodríguez como a nova ministra do Esporte.
Petro, entretanto, não disse quem substituirá Ariza como titular na pasta, embora a presidência tenha dito que o músico Ignacio Zorro será, por enquanto, o responsável.
A Reforma da Saúde que o governo apresentou ao Congresso em meados de fevereiro é apontada como principal responsável pela crise no gabinete. Gaviria era um dos principais críticos à proposta.
O governo colombiano quer transformar o sistema de saúde para reforçar a atenção primária e também levar os cuidados aos "territórios abandonados", aquelas comunidades remotas onde o centro de saúde mais próximo fica a várias horas de barco ou por estradas acidentadas.
A iniciativa controversa causou discussões profundas no gabinete, e Gaviria também teve divergências com a ministra da Saúde, Carolina Corcho, mesmo antes de ambos terem sido nomeados por Petro como ministros.
"Slogans, simplificações excessivas, ideologias radicais e frases ocas contribuem pouco para encontrar soluções", acrescentou o agora ex-ministro da Educação no Twitter, onde publicou um discurso de graduação feito aos médicos da Universidade dos Andes em 2017, quando era reitor da instituição.
Petro assegurou nesta segunda-feira que "este governo de mudança não vai desistir da reforma para melhorar a saúde, as pensões e as condições de trabalho justas para todos os colombianos".
"O objetivo é simples, os modos e os meios são complexos: queremos simplesmente que qualquer pessoa doente seja cuidada e que se evite a doença, que qualquer pessoa idosa tenha um bônus de pensão, que qualquer trabalhador tenha estabilidade no emprego", enfatizou o presidente.
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