A BP (British Petroleum) concordou em pagar US$ 18,7 bilhões (R$ 58,9 bilhões) de indenização ao governo dos Estados Unidos e a cinco estados pelo vazamento de petróleo no golfo do México em 2010.
O acordo, divulgado nesta quinta-feira (2), é anunciado dias antes de o juiz responsável pela causa, Carl Barbier, decidir qual será a multa paga pela petroleira pela contaminação dos recursos hídricos.
Se Barbier aprovar o acordo, esta será a maior compensação paga na história americana por catástrofes ambientais. O derrame de 4,2 milhões de barris de petróleo começou com a explosão em uma plataforma que deixou 11 mortos.
Pelo texto do pacto, a BP terá que pagar US$ 7,1 bilhões (R$ 22 bilhões) parcelados em 15 anos ao governo federal e aos estados de Louisiana, Mississippi, Alabama, Texas e Flórida em reparação pelo prejuízo ambiental.
Outros US$ 5,5 bilhões (R$ 17 bilhões) são referentes à violação da Lei de Águas Limpas, que pune a contaminação de recursos hídricos e a destruição de seus ecossistemas. Esta multa também será dividida em 15 anos.
A BP ainda desembolsará US$ 5,9 bilhões (R$ 15,2 bilhões) para pagar indenizações e reparações econômicas de ações judiciais colocadas pelos governos dos cinco estados e por mais de 400 prefeituras.
“Esta quantia ajudaria a reparar os danos à economia do golfo do México, à pesca, aos recursos hídricos e à natureza e traria à região benefícios duradouros às próximas gerações”, disse a secretária de Justiça, Loretta Lynch.
O procurador-geral da Louisiana, James Caldwell, comemorou a vitória após cinco anos de batalha judicial. O estado, que foi o mais afetado pelo vazamento, deverá receber US$ 10 bilhões (R$ 31,5 bilhões) da BP.
“Isto ajudará à Louisiana a fazer a recuperação da costa e ter a compensação que precisa. Estou extremamente satisfeito com o trabalho feito pela Justiça e por todas as partes para chegar a este acordo”.
Empresa
O acordo também foi considerado bom pela BP, que temia ter que pagar uma indenização muito maior. O executivo-chefe da empresa, Bob Dulley, chamou o acordo de realista e “dá clareza e certeza a todas as partes”.
“Ele resolverá o maior passivo deste trágico acidente e proverá os Estados Unidos e o golfo de um importante ativo para a restauração de seus recursos naturais e das perdas relacionadas com o vazamento”, disse.
Para ambientalistas, a compensação traz esperança ao futuro da natureza no golfo do México, mas não vai desfazer a destruição provocada pela explosão do campo Deepwater Horizon.
“Isso representa um passo adiante em direção à justiça para os ecossistemas de países do golfo do México, economias e comunidades prejudicadas pelo desastre”, disse o presidente do Fundo de Defesa do Meio Ambiente, Fred Krupp.
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