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Desastre ambiental

Petroleira usa lama em vazamento

Imagem de vídeo gravado pela petroleira BP mostra o vazamento de petróleo no fundo o mar: 5 mil barris de óleo por dia | Reuters
Imagem de vídeo gravado pela petroleira BP mostra o vazamento de petróleo no fundo o mar: 5 mil barris de óleo por dia (Foto: Reuters)
Entenda como está sendo realizado o controle do vazamento |

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Entenda como está sendo realizado o controle do vazamento

A British Petroleum (BP) deu início ontem a mais uma tentativa para conter o vazamento do poço de petróleo no Golfo do México, mais de um mês após a explosão que destruiu uma plataforma. A empresa está usando lama de perfuração para tentar interromper o derramamento de óleo. A operação chamada de "top kill" está sendo executada a uma profundidade de 1.500 metros. Se a técnica for bem sucedida, os engenheiros colocarão cimento em cima da lama para fechar definitivamente o poço. A operação poderá le­­var dois dias para ser concluída, informou a BP.

A empresa estimou a chance de sucesso da operação entre 60% e 70%. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que "não existem garantias" de que a tentativa "top kill" vá funcionar.

O porta-voz da BP, Steve Ri­­ne­­hart, afirmou que a petrolífera bombeará lama por horas no poço, até tentar estancar completamente o derramamento.

Poluição

Estima-se que o poço em águas profundas, conhecido como Ma­­condo, está lançando ao mar pelo menos 5 mil barris de petróleo por dia, o que caracteriza um dos piores vazamentos de petróleo dos Estados Unidos.

A BP detalhou que a injeção da chamada "lama" de perfuração dentro do poço está sendo feita por meio de uma válvula que evita "sopros". Anteriormente a empresa fez uma bateria de testes para medir se o procedimento, que nunca foi tentando a essas profundidades, iria funcionar.

Regulamentação

A tentativa da empresa, que tem sede no Reino Unido, está sendo acompanhada de perto por autoridades federais e por toda a in­­dústria petroleira, que enfrenta uma onda de regulamentações na esteira do vazamento.

Em um encontro de acionistas em Dalas (Texas), ontem, o executivo chefe da Exxon Mobil Corp., Rex Tillerson, disse que a empresa – que é a maior petroleira de capital aberto do mundo – continua a dar assistência à BP no gerenciamento do desastre. "Nós estamos ansiosos para ajudar nos esforços para determinar como tal incidente pode ser evitado no futuro", ele disse.

O executivo chefe da Chevron Corp., John Watson, afirmou no encontro de acionistas de sua em­­presa, em Houston (Texas), que a indústria petroleira vai aprender "uma grande lição" com o vazamento. "Se houver algo que nós precisaremos adotar, nós vamos adotar", ressaltou.

Hoje, o Departamento do In­­terior dos EUA deve enviar ao presidente Obama um relatório so­­bre a segurança das perfurações em alto mar, que vai dar as bases para decisões que vão além da atual moratória para novas permissões de perfuração em alto-mar. "Exis­­tem significativas melhorias que podem ser feitas com relação à segurança de desenvolvimentos de projetos de petróleo e gás em plataformas fora do continente", afirmou o secretário do Interior, Ken Salazar.

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