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Tensão nuclear

Petróleo do Texas atinge US$ 75 o barril

Nova Iorque – As tensões geopolíticas e a incerteza em relação à oferta de gasolina, que pode não ser suficiente para atender a demanda nos Estados Unidos, valorizaram ontem o barril de petróleo do Texas, que bateu novo recorde, passando dos US$ 75. A escalada repercutiu no preço de venda ao público da gasolina. Em vários postos, o galão já supera os US$ 3. No ano passado, esse nível só foi atingido quando os furacões interromperam a atividade das refinarias no sul e o abastecimento a algumas regiões.

O Petróleo Intermediário do Texas (WTI, leve) para junho fechou ontem a US$ 75,17/barril na Bolsa Mercantil de Nova Iorque(Nymex), com alta de US$ 1,48. Chegou a atingir a cotação de US$ 75,35, o que nunca tinha acontecido na Nymex. Os contratos com sua entrega mensal prevista entre julho e dezembro fecharam com valores entre US$ 76 e 78. O petróleo WTI, o de referência nos EUA, subiu mais de US$ 14 (23%) neste ano. Em 2005, havia fechado a US$ 61,04/barril.

Desde terça-feira os preços estão em níveis que não eram vistos desde o fim de setembro. A tensão gerada pelo programa nuclear do Irã e o prolongado corte de 20% na produção de petróleo na Nigéria influenciam na alta, segundo os analistas.

O aiatolá Mohammad Imani Kashani, um dos mais influentes no Irã, afirmou ontem que o povo iraniano "não vai recuar nem um passo" no seu programa nuclear, reforçando a posição do presidente, Mahmoud Ahmadinejad, ameaçou "cortar as mãos" dos agressores caso Teerã sofra algum ataque. O governo norte-americano, por sua vez, quer que outras nações, entre elas a Rússia, suspendam as vendas de armas e de tecnologia ao Irã.

O mercado norte-americano é influenciado também pelas previsões sobre a relação entre oferta e procura de gasolina nos próximos meses. "Sem dúvida vamos pagar preços mais altos durante o verão (meados do ano)", comentou Phill Flynn, analista da Alaron Trading. Ele previu o pior quadro para o mês de junho.

A elevação dos preços nos Estados Unidos beneficia a Venezuela, adversário político de Washington na América do Sul. O preço do barril do petróleo venezuelano subiu US$ 2,96 nesta semana, batendo recorde ao alcançar uma média semanal de US$ 62,27, informou o Ministério de Energia e Petróleo (MEP). O Ministério disse que esse fenômeno "continua respondendo, principalmente, à ação especulativa nos mercados futuros e às tensões geopolíticas no Oriente Médio e na África Ocidental".

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