O presidente da Petróleos Paraguaios (Petropar), Denis Lichi, disse ser "complicado conseguir uma redução nos preços dos combustíveis", como reivindicam manifestantes em todo o país, e defendeu uma estabilização como alternativa.
"Hoje é muito complicado falar em redução de preços em nível nacional", declarou Lichi, após uma reunião entre delegados do governo e um grupo de senadores, para em seguida defender a "estabilização de preços" para fornecer previsibilidade para cálculos de frete e outros custos.
O presidente da Petropar destacou ainda que a estatal manterá o custo dos combustíveis durante os meses de março e abril. Isso não inclui, no entanto, combustíveis comercializados por empresas privadas que podem definir livremente o valor.
Além disso, Lichi frisou que eles ofereceram um desconto de 400 guaranis (cerca de US$ 0,05) no valor do litro de combustível que caminhoneiros, taxistas, motociclistas e outros setores compram da estatal. Mas indicou que os manifestantes propuseram a transferência deste benefício para todos os cidadãos, com um desconto de 250 guaranis (US$ 0,03) por litro.
A reunião aconteceu em meio ao segundo dia de protestos e bloqueios em diferentes estradas do país, que afetam especialmente duas rotas que ligam Assunção a Ciudad del Este, na fronteira com o Brasil, e Encarnación, na fronteira com a Argentina.
Os delegados do governo discutiram com os legisladores a proposta de promover uma lei para a criação de um fundo de estabilização de preços de combustíveis, que financiaria um mecanismo de subsídio aplicado às importações.
O Executivo propôs inicialmente direcionar o subsídio para o diesel tipo III, que representa 55% do consumo nacional. Lichi afirmou que os legisladores propuseram que o fundo cubra também a gasolina, e os representantes do governo prometeram trabalhar para tornar isso viável.
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