![PF argentina investiga extorsão para que beneficiários de programas sociais fossem a manifestações Integrantes do movimento social Polo Obrero em manifestação contra o governo de Javier Milei em Buenos Aires, em dezembro](https://media.gazetadopovo.com.br/2024/05/13173904/1e7790843087f6577ac342417d573842b5013ca0w-960x540.jpg)
A Polícia Federal da Argentina realizou nesta segunda-feira (13) uma operação em 27 imóveis pertencentes a organizações sociais do país que são suspeitas de terem extorquido beneficiários de programas sociais para que participassem de manifestações contra o governo Javier Milei.
Segundo informações do site Perfil, na operação, autorizada pela Justiça Federal argentina, foram apreendidos dispositivos eletrônicos dos suspeitos, formulários, documentação relacionada a programas sociais, comprovantes de pagamento, entre outros itens. Os investigados foram intimados a prestar depoimento.
A denúncia aponta que os acusados teriam “exigido coercivamente que os beneficiários de programas sociais participassem de marchas e manifestações públicas e/ou entregassem parte do dinheiro, sob advertência expressa em alguns casos de ‘cancelamento do plano’”. Ao todo, foram registrados 924 casos na linha de denúncia 134.
No X, a ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, escreveu que a “extorsão tem consequências”.
“Esta é a primeira vez na história que é feita uma operação contra organizações – incluindo Jeremías Canteros, membro do conselho nacional do Polo Obrero – que extorquiram pessoas para irem a protestos. Todas as informações foram recebidas na Linha 134, fornecidas pelos cidadãos extorquidos, e isso nos mostra o caminho para a liberdade dessas pessoas. Acabou essa história de se aproveitar do povo para financiar negócios espúrios”, afirmou Bullrich.
Outras organizações investigadas são o movimento Barrios de Pie e a Frente de Organizaciones en Lucha (FOL).
De acordo com o Perfil, também está sendo investigado se essas organizações sociais teriam pedido aos beneficiários que vendessem alimentos e produtos de programas sociais e se os envolvidos teriam canalizado “recursos ilícitos provenientes da extorsão” por meio de cooperativas. A promotoria pediu a quebra do sigilo fiscal e bancário dos suspeitos.
-
Osmar Terra explica como reverter decisão do STF sobre a maconha
-
Relação entre Lula e Milei se deteriora e enterra liderança do petista na América do Sul
-
O plano de Biden para tentar sair da crise: aparentar normalidade e focar em Trump
-
STF julga pontos que podem mudar a reforma da Previdência; ouça o podcast
Deixe sua opinião