As farmacêuticas Pfizer e BioNTech pediram ao órgão regulador dos Estados Unidos aprovação para o uso emergencial de sua vacina contra Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos, anunciaram as empresas nesta quinta-feira.
As empresas disseram que estão encaminhando dados que apoiam o seu pedido à Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA). Um painel de conselheiros da agência federal reguladora americana deve se reunir em 26 de outubro para discutir a aprovação. Caso aprovada, a vacina pode começar a ser aplicada em crianças em seguida.
A vacina poderia estar pronta para ser aplicada já no começo de novembro, dependendo da aprovação das agências reguladoras de saúde federais, disse nesta quinta-feira Jeffrey Zients, coordenador do combate à pandemia da Casa Branca.
Embora crianças tenham risco muito mais baixo para casos graves ou mortes por Covid-19 do que os mais velhos, a doença às vezes causa quadros mais severos nesse grupo, e elas podem transmitir a infecção para pessoas mais vulneráveis, mesmo quando estão assintomáticas.
Nos Estados Unidos, as crianças representam no momento 27% dos casos de infecção por coronavírus, e as hospitalizações nessa faixa etária aumentaram, segundo dados da Academia Americana de Pediatria. Isso demonstra como a variante delta do vírus, mais contagiosa, tem afetado os não vacinados no país, que já disponibiliza vacinas para as pessoas com 12 anos ou mais.
Em agosto deste ano, quase 30 mil crianças foram atendidas em hospitais por causa da Covid-19 nos EUA, o número mais alto registado desde o início da pandemia, segundo dados citados pela imprensa americana. De acordo com a Academia Americana de Pediatria, em toda a pandemia, cerca de 6 milhões de americanos com menos de 18 anos foram infectados pelo coronavírus e cerca de 500 morreram em decorrência da doença. Entre essas mortes, 125 foram de crianças de 5 a 11 anos. No total, o país teve mais de 714 mil mortes por Covid-19 desde o início da pandemia.
A vacina de mRNA da Pfizer/BioNTech tem aprovação total nos Estados Unidos para aplicação em maiores de 16 anos e autorização para uso emergencial em adolescentes de 12 a 15 anos.
As farmacêuticas anunciaram em setembro que a sua vacina é segura e gera resposta imune robusta em crianças de 5 a 11 anos, com base em estudos clínicos de fases 2 e 3.
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