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O Produto Interno Bruto (PIB) da Argentina acumulou no ano passado um avanço de 5,2%, muito abaixo da recuperação de 2021, e registrou no quarto trimestre de 2022 uma contração de 1,5% em relação ao terceiro trimestre, informaram fontes oficiais nesta quarta-feira (22).
O quarto trimestre é a primeira variação trimestral negativa do PIB desde o segundo trimestre de 2021.
Entre outubro e dezembro último, o PIB avançou 1,9% em relação ao último trimestre de 2021, a mais baixa taxa de expansão em 12 meses desde o primeiro trimestre de 2021, detalhou o Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec).
O crescimento acumulado de 5,2% em 2022 representou uma forte desaceleração em relação à recuperação de 10,4% que a Argentina tinha alcançado em 2021.
Dos 17 setores que compõem o PIB, 16 deles mostraram uma melhora da atividade em 2022, embora muito mais magra do que a registrada em 2021, de acordo com o relatório do Indec.
Entre os principais setores, houve destaque para construção (5,8%), indústria (5%) e comércio (6,4%). O único setor que registrou uma contração da atividade em 2022 foi o de agricultura e pecuária, com uma queda de 4,1%, aprofundando o declínio de 0,3% que teve em 2021.
Do mesmo modo, todas as componentes do PIB registraram ganhos, embora com menos dinamismo do que em 2021.
No ano passado, a oferta global aumentou 7,6%, devido a um crescimento de 5,2% do PIB e a um aumento de 17,4% das importações de bens e serviços.
A demanda global avançou 7,6%, com um aumento de 10,9% na formação bruta de capital fixo e um aumento de 5,7% nas exportações, enquanto o consumo privado cresceu 9,4% e o consumo público aumentou 1,8%.
O orçamento estabelece que a Argentina crescerá apenas 2% neste ano, mas os economistas privados consultados mensalmente pelo Banco Central argentino para o seu relatório de expectativas preveem que a economia argentina poderá ter um crescimento nulo (0%) em 2023.