O presidente argentino, Javier Milei| Foto: Juan Ignacio Roncoroni/EFE
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A economia argentina registrou um crescimento de 1,4% no Produto Interno Bruto (PIB) no quarto trimestre de 2024 em relação ao trimestre anterior. Além disso, na comparação com o mesmo período de 2023, a economia cresceu 2,1%, sendo este o primeiro aumento interanual desde o início do governo do presidente Javier Milei. Os dados divulgados nesta quarta-feira (19) pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec) mostram que as medidas de correção fiscal adotadas pelo governo já começam a produzir efeitos positivos.

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Apesar de a economia ter encerrado o ano com uma contração de 1,7% em relação a 2023, analistas destacam que essa queda reflete os ajustes estruturais necessários para corrigir os desequilíbrios herdados de administrações anteriores. O governo Milei implementou uma série de medidas para reduzir o peso do Estado, eliminar subsídios e fortalecer as contas públicas, criando bases sólidas para um crescimento sustentável a partir de 2025.

O crescimento no quarto trimestre de 2024 representou um ponto de inflexão para a economia argentina. A retomada foi impulsionada pelo superávit fiscal e comercial, além do avanço das reformas econômicas que trouxeram maior confiança ao mercado.

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Desde que assumiu a presidência em dezembro de 2023, Milei adotou medidas firmes para estabilizar a economia, incluindo cortes significativos nos gastos públicos e na máquina estatal. A política de austeridade reduziu o déficit fiscal, permitindo ao governo atingir um superávit primário, algo inédito nos últimos anos.

A tendência de recuperação já é confirmada por projeções de organismos internacionais. O Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Ministério da Economia argentino estimam um crescimento de pelo menos 5% em 2025, impulsionado pelo aumento da competitividade da economia e pelo ajuste fiscal promovido pelo governo.

Além disso, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) elevou sua previsão de crescimento da Argentina para 5,7% em 2025, um aumento significativo de 2,1 pontos percentuais em relação às projeções anteriores. A entidade destacou que a Argentina registrou a maior revisão positiva dentro do G20, superando outros países que tiveram previsões revisadas para baixo.

Outro dado positivo vem da inflação, um dos maiores desafios econômicos do país. A OCDE prevê que a inflação argentina, que foi de 117,8% em 2024, cairá drasticamente para 28,4% em 2025. Se confirmada essa trajetória, o país deixará de ser a economia com maior inflação do G20, posição que passaria a ser ocupada pela Turquia, cuja previsão de inflação é de 31,4% para o próximo ano.