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Uma das principais economias emergentes do mundo, a da Índia, que faz parte dos BRICS (bloco econômico formado por Brasil, Rússia, Índia e China - países que devem superar as maiores nações até 2050), cresceu abaixo dos 8% pela primeira vez em três anos, afetada pela desaceleração da demanda.

Segundo o governo do país, o Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todas as riquezas produzidas por uma nação) da Índia cresceu 7,9% no primeiro trimestre fiscal, encerrado em 30 de junho, inferior à expansão de 8,8% registrada no trimestre anterior e de 9,2% no mesmo intervalo do ano passado. O crescimento da economia indiana ficou abaixo de 8% pela primeira vez desde o trimestre entre outubro e dezembro em 2004, quando ficou em 5,5%.

A alta do PIB no período foi impulsionada por uma expansão de 10 03% do setor de serviços e de 11,4% no de construção. Mas a desaceleração em todos os setores, exceto no gasto social, mostra que a elevação dos custos da produção e das taxas de juros começa a afetar a economia do país.

Juros

Economistas acreditam que a política monetária apertada irá reduzir mais o crescimento no atual ano fiscal. Segundo eles, é pouco provável que o Reserve Bank da Índia (o banco central do país) relaxe sua política em breve, uma vez que o controle da inflação permanece como sua principal preocupação, disseram os economistas.

No fim de julho, o Banco Central da Índia elevou a taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual, para 9% ao ano, pela terceira vez em dois meses, com o intuito de controlar o crescimento da inflação, impulsionado pela alta nos preços dos alimentos e dos combustíveis. A instituição também aumentou o depósito compulsório em 1,25 ponto porcentual desde o início do ano.

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