O governo libanês informou ontem que o piloto do voo da Ethiopian Airlines que caiu na costa do Líbano na segunda-feira voava na direção oposta à recomendada pela torre de controle.
O avião caiu no Mar Mediterrâneo, pouco após decolar do Aeroporto Internacional Rafik Hariri, em Beirute, em meio a uma tempestade. Acredita-se que todas as 90 pessoas a bordo tenham morrido. A aeronave seguiria para a capital etíope, Addis-Abeba.
"Eles (controladores) pediram a ele que corrigisse a direção, mas ele fez uma volta muito rápida e estranha, antes de desaparecer completamente do radar", disse o ministro de Transportes do Líbano, Ghazi Aridi.
Não estava claro o motivo de o piloto mudar abruptamente a rota. Como na maioria das outras aeronaves, o Boeing 737-800 possui um radar meteorológico que o piloto pode usar para evitar voar em meio a raios, possivelmente ignorando ordens da torre de controle.
"Ninguém está dizendo que o piloto deve ser culpado por não seguir ordens", esclareceu Aridi. "Pode ter havido várias razões para o que aconteceu...apenas a caixa-preta pode revelar."
O chefe-executivo da Ethiopian Airlines, Girma Wake, disse que os comentários do ministro libanês eram prematuros. Funcionários libaneses disseram que não há indícios de terrorismo ou de sabotagem. Até o momento não foram encontrados sobreviventes.
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