O Airbus da Northwest Airlines: fora de contato com a torre de controle| Foto: Tim Sloan/AFP

Washington - Os dois pilotos do voo 188 da Northwest Airlines ficaram fora de contato com a torre de controle por mais de uma hora na noite de quarta-feira. O avião ul­­trapassou seu destino em 240 km. Controladores de tráfego, outros pilotos e até mesmo um comissário de bordo – por meio de um interfone – tentaram desesperadamente falar com os pilotos.

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Investigadores tentam descobrir o que aconteceu na cabine. As gravações de voz e dados do voo foram entregues ao escritório da Agência Nacional de Segurança em Transporte em Washington. Porém, o gravador de voz da aeronave é de um mo­­delo antigo que grava apenas 30 minutos, informou a entidade, o que deve prejudicar as investigações. Modelos mais novos gravam durante duas horas.

No solo, agentes da polícia e do FBI preparavam-se para o pior. A divisão aérea da Guarda Na­­cional enviou jatos em alerta.

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Os pilotos de outros dois aviões conseguiram falar com os pilotos usando uma frequência diferente de rádio, disse um por­­ta-voz do sindicato dos controladores. Um comissário de bordo conseguiu contatar os pilotos por meio de um interfone, disse uma fonte próxima às investigações que pediu anonimato.

Quando isso aconteceu, o Air­­bus A-320 sobrevoava Eau Claire, no Wisconsin. Após o contato, eles voltaram e pousaram em segurança no aeroporto de Minneapolis, o destino do voo 188.

Os pilotos dissem às autoridades que se distraíram durante uma acalorada discussão sobre políticas da empresa, disse a agência, que investiga o incidente.

Os investigadores não sabem se os pilotos adormeceram, mas disseram que fatores como cansaço e distração serão investigados, disse ontem o porta-voz da agência, Keith Holloway.

Os pilotos não devem ser en­­trevistados até a próxima semana, disse ele. Eles estão suspensos pela Delta Air Lines, empresa que comprou a Northwest no ano passado, enquanto a companhia realiza suas próprias investigações.

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A explicação dos pilotos de que foram distraídos por uma conversa "não faz qualquer sentido", disse Bill Voss, presidente da Fundação para Segurança Aérea, de Alexandria, Virgínia.