O presidente do Chile, Sebastián Piñera, obteve uma aprovação de 53% em maio, seu terceiro mês no cargo, de acordo com uma pesquisa de opinião publicada nesta quinta-feira pelo instituto de pesquisa conservador Adimark GfK. Na pesquisa do mês passado, Piñera, que é o primeiro conservador democraticamente eleito em mais de 50 anos, obteve uma aprovação de 50%.
A ex-presidente Michelle Bachelet terminou seu mandato de quatro anos no começo de março com uma aprovação recorde de 84%.
A taxa de desaprovação de Piñera, enquanto isso, caiu para 30% em maio, de 31% na pesquisa do mês passado. Nem a taxa de aprovação nem a de desaprovação mostraram variações significativas em relação à pesquisa do mês passado, afirmou o instituto de pesquisa.
Em termos de características específicas atribuídas ao presidente do Chile, 79% dos entrevistados disseram que ele "é ativo e energético", contra 76% no mês passado; enquanto 72% disseram que Piñera tem a "capacidade de resolver os problemas do país", contra 69% no mês passado.
Na pesquisa de abril, 58% disseram que o bilionário presidente tem "credibilidade", índice abaixo dos 61% que tinham essa opinião na pesquisa anterior.
Em relação ao governo como um todo, 55% aprovam a forma como o trabalho está sendo feito, ante 51% no mês passado; enquanto 32% desaprovam o governo versus 31% em abril.
A Adimark atribuiu a diferença entre a aprovação de Piñera e a de seu governo à forte avaliação de como o governo lida com assuntos internacionais e com a economia.
Após o terremoto do dia 27 de fevereiro, que devastou partes do centro-sul do Chile, a Adimark começou a perguntar em sua pesquisa mensal como o governo está lidando com sua tentativa de reconstrução. Em maio, 58% disseram que aprovam a forma como o governo está prestando auxílio às vítimas do terremoto, de 55% em abril. Além disso, 55% disseram que aprovam os esforços de reconstrução, de 54% do mês passado.
Quando são solicitados a avaliar a coalizão de direita que Piñera representa, a chamada Coalizão para Mudança obteve uma taxa de aprovação de 45%, abaixo dos 53% de abril. Enquanto isso, a coalizão de esquerda Concertación, que Piñera derrotou após esta ter permanecido 20 anos no poder, obteve uma aprovação de 31%, abaixo dos 34% do mês passado.
A pesquisa por telefone, com uma amostra de 1.116 pessoas, foi realizada entre 7 e 26 de maio, e tem uma margem de erro de três pontos percentuais.