Santiago (AFP) O ex-ditador chileno Augusto Pinochet (foto), 89 anos, volta ao banco dos réus. A Suprema Corte do Chile decidiu ontem privá-lo de sua imunidade devido à Operação Colombo, um plano destinado a fazer acreditar que 119 pessoas assassinadas ou desaparecidas foram vítimas de uma disputa guerrilheira interna.
A decisão da corte, definitiva e inapelável, foi aprovada por 10 votos a 6. A imunidade de Pinochet neste caso devia-se a sua condição de ex-presidente (19731990). Agora ele deve ser processado pelo juiz Víctor Montiglio.
A corte ordenou que, antes de interrogá-lo, Montiglio deverá submeter Pinochet a exames médicos, para saber se sua saúde física e mental lhe permitirá enfrentar o processo. Na resolução de ontem, os juízes do máximo tribunal do Chile ratificaram o veredicto da Corte de Apelações de Santiago, que em 6 de julho privou Pinochet de sua imunidade, para que ele fosse processado por este operação secreta, cujo propósito era exterminar opositores da ditadura, principalmente do Movimento de Esquerda Revolucionária (MIR).
No último dia 7 de junho, a Corte de Apelações privou Pinochet, de 89 anos, de sua imunidade, para que ele fosse processado por fraude tributária, devido à descoberta de contas secretas suas em bancos americanos e de outros países, cuja quantia é estimada em quase 27 milhões de dólares.
Pinochet não tem condições mental e física de responder aos processos, afirma seu advogado, Pablo Rodríguez.
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