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Piratas somalis libertaram um navio de carga iemenita capturado na semana passada depois de negociações bem sucedidas entre autoridades, anciões locais e os criminosos, disse uma autoridade do país africano nesta quarta-feira.

Um crescimento nos ataques marítimos este ano no movimentado Golfo de Áden e nas rotas de transporte do Oceano Índico na costa da Somália provocou o aumento de custos dos seguros, rendeu às gangues dezenas de milhões de dólares em resgates e levou ao deslocamento de navios de guerra estrangeiros para a região.

"O navio do Iêmen foi libertado na noite passada (terça-feira) depois de uma longa negociação", disse à Reuters Ali Abdi Aware, ministro da Província de Puntland, no norte da Somália. "O navio deixou Eyl e segue para o Iêmen. A tripulação está a salvo e nenhum resgate foi pago."

O MV Amani, de propriedade da empresa transportadora iemenita Abu Talal, tem sete marinheiros a bordo. A embarcação foi capturada no dia 25 de novembro e levava 507 toneladas de aço do porto de Mukalla, no Iêmen, à Ilha Socotra.

Eyl é um antigo vilarejo de pescadores na costa de Puntland que se tornou uma bem protegida e isolada base para os piratas.

Quase cem ataques foram registrados em águas somalis este ano, apesar da presença de vários navios de guerra estrangeiros. As gangues marítimas detêm cerca de doze navios e quase trezentos tripulantes sob seu poder atualmente.

Entre as embarcações capturadas está um superpetroleiro saudita carregado com 100 milhões de dólares em petróleo, o Sirius Star, e um navio de carga ucraniano que transportava cerca de 30 tanques de guerra da era soviética, o MV Faina.

Na terça-feira, o conselho de segurança da ONU renovou sua autorização para que os países usem a força militar contra os piratas em ação na região.

A resolução ampliou por um ano o direito para que as nações autorizadas pelo governo interino da Somália entrem em águas somalis para perseguir e atacar os piratas. O texto de autoria dos EUA foi aprovado por unanimidade pelo conselho de 15 países.

O embaixador da França na ONU, Jean-Maurice Ripert, disse que a decisão enviou um sinal muito forte e permitirá à União Européia iniciar uma operação naval e aérea na costa da Somália no dia 8 de dezembro.

Essa missão deve envolver cinco ou seis navios a qualquer momento, além de aeronaves de vigilância marítima.

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