O superpetroleiro saudita Sirius Star, que estava sequestrado desde 15 de novembro do ano passado, foi libertado pelos piratas nesta sexta-feira (8).
A informação foi confirmada por Andrew Mwangura, diretor do Programa de Assistência Marítima, no Quênia.
O pagamento do resgate ficou em US$ 3 milhões segundo os piratas e foi tirada uma foto, de um avião da Marinha americana, que mostra uma enorme sacola, que conteria o dinheiro, caindo de paraquedas no convés do navio. Segundo à Associated Press.
"Nos recusamos a fazer qualquer comentário por enquanto", reagiu um porta-voz da sociedade saudita proprietária do barco, Vela International Marine Ltda, filial de transporte marítimo da companhia nacional saudita de hidrocarbonetos Aramco.
O navio, que estava ancorado no porto de Haradhere, na costa da Somália, começou a se mover rumo ao sul, "rumo a águas seguras", com a intenção de chegar em Cidade do Cabo, na África do Sul, onde a tripulação poderá ser substituída.
A tripulação do Sirius Star é composta de 25 marinheiros, entre eles dois britânicos, dois poloneses, um croata, um saudita, e 19 filipinos.
O pequeno porto em que o navio atracou é um reduto dos piratas e fica a cerca de 300 quilômetros de Mogadíscio, capital da Somália.
Piratas somalis haviam capturado o supercargueiro totalmente carregado de petróleo, a mais de 834 quilômetros do sudoeste de Mombasa, no Quênia.
O Sirius Star pertence à companhia estatal saudita Aramco. É a maior embarcação já sequestrada na região, com uma carga de dois milhões de barris de petróleo e avaliada em mais de US$ 100 milhões. A carga ia para os Estados Unidos.
Os seqüestradores teriam pedido, a princípio, US$ 25 milhões como resgate pelo navio, mas depois reduziram suas exigências para US$ 15 milhões e, em conversas posteriores, teriam baixado o valor.
O seqüestro do Sirius Star provocou a reação de grupos armados fundamentalistas islâmicos somalis, que advertiram os piratas de que não deviam capturar navios de países muçulmanos e ameaçaram agir contra eles.
No entanto, os piratas afirmaram que os seqüestros eram uma questão de "negócios" e advertiram os grupos fundamentalistas que se defenderiam se tentassem atacá-los.
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