Piratas somalis que mantêm dois britânicos reféns em um iate na costa da Somália advertiram a Grã-Bretanha a não tentar resgatar o casal.
Os piratas tomaram a embarcação na manhã de sexta-feira, quando o iate navegava perto do arquipélago das Seichelles. Eles levaram os reféns para a costa da Somália com a intenção de exigir um resgate.
"Se navios de guerra nos cercarem, apontaremos nossas armas para os turistas britânicos. Eles são velhos e nós vamos tomar conta deles - isso se não formos atacados", disse um pirata chamado Hassan na cidade costeira de Haradheere.
Paul e Rachel Chandler, ambos na casa dos 50 anos, deixaram as Seichelles em 22 de outubro em seu iate de 38 pés, de nome Lynn Rival, e estavam navegando em direção à costa leste da África.
A guarda-costeira das Seichelles procurou o iate depois de receber um aviso de perigo na sexta-feira e disse que forças navais da Otan, União Europeia e Estados Unidos se uniram nas buscas.
Andrew Mwangura, de um programa de assistência a marinheiros no Leste da África, disse que o iate foi visto pela última vez na noite de terça-feira, ao sul da cidade costeira de Hobyo.
"Idosos de Hobyo querem que o casal seja libertado sem condições, mas já que a embarcação ainda não chegou estamos aguardando para ver se os piratas atenderam os desejos deles ou farão exigência de resgate", afirmou Mwangura à Reuters.
Não ficou claro se o iate iria atracar. Hassan disse que poderiam se dirigir a Haradheere, um refúgio de piratas, base dos homens armados que tomaram a embarcação.