Pistorius, no seu segundo dia na corte de North Gauteng| Foto: Kim Ludbrook/Reuters

Testemunha

Na segunda-feira, a primeira testemunha no julgamento de Pistorius disse ter ouvido "gritos aterradores" de uma mulher, antes e depois dos tiros. O advogado de defesa argumentou que gritos teriam sido do próprio Pistorius.

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Chorando, Oscar Pistorius enterrou a cabeça nas mãos depois de ouvir ontem, na Suprema Corte de North Gauteng, detalhes do assassinato de sua namorada. Foi o segundo dia do julgamento em que ele responde à acusação de ter matado a modelo Reeva Steenkamp.

O atleta olímpico e paraolímpico vem se mantendo de modo geral impassível perante à corte. Ele se declarou inocente e alegou que disparou contra Reeva – através da porta do banheiro – porque a confundiu com um intruso.

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Ele se emocionou enquanto o advogado chefe da defesa Barry Roux lia detalhes do post mortem, incluindo que "alguns fragmentos da bala" tinham sido removidos da cabeça da modelo de 29 anos.

Roux também procurou desacreditar o depoimento da vizinha Michelle Burger, que disse ter ouvido um grito que foi sumindo, dizendo que Reeva deve ter "caído imediatamente" por causa da bala na cabeça. Reeva foi declarada morta no local, depois de atingida por três tiros, na cabeça, braço e quadril de uma pistola 9 milímetros.

A vizinha Michelle pareceu abalada no fim de seu depoimento, depois de um irritado bate-boca com Roux, que procurava mostrar que ela havia confundido os gritos de um Pistorius agitado com os de uma mulher.

A corte também ouviu o depoimento de outra vizinha, Estelle van der Merwe, que declarou ter ouvido o que parecia ser uma briga na madrugada em que Reeva foi morta.

"De onde eu estava sentada parecia que duas pessoas estavam discutindo, mas eu não podia ouvir a voz da outra pessoa", disse ela por meio de um intérprete do idioma africâner.

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