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Após voltar dos EUA para Cuba, Elián se converteu ao regime castrista | Cubadebate/AFP
Após voltar dos EUA para Cuba, Elián se converteu ao regime castrista| Foto: Cubadebate/AFP

Negociação

OEA quer discutir caso dos dissidentes

Folhapress, em São Paulo

O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), o chileno José Miguel Insulza, está disposto a ligar para o presidente cubano, Raúl Castro, para encontrar uma saída à situação dos dissidentes políticos, mas acredita que é necessário uma "pressão organizada". O anúncio foi feito dois dias após o dissidente Guillermo Fariñas, que está em greve de fome há mais de um mês, enviar uma carta à Insulza com um pedido de apoio.

O secretário-geral sustentou que colocar o tema Castro "não é fácil" e que esse tipo de gestões só se faz quando se tem certeza de que existe "alguma possibilidade de êxito".

Elián González se transformou em um adolescente de cabelo curto, estudante de uma escola militar e delegado da juventude comunista em Cuba. Dez anos antes, ele esteve no centro de uma disputa jurídica e política entre Cuba e os Estados Unidos.

O portal Cubadebate mostrou fotos do garoto, durante o 9.º Congresso da União de Jovens Co­­munistas, ocorrido no fim de semana na capital cubana.

González, de 16 anos, aparece pouco em público e nesta ocasião estava entre os delegados da reunião partidária, vestido com uniforme verde-oliva que caracteriza os estudantes das escolas pré-universitárias da ilha. De rosto alongado, cabelo preto e olhar atento, o jovem estava sé­­­rio entre seus colegas.

Disputa

Elián foi levado ilegalmente por sua mãe para os Estados Unidos, mas a embarcação naufragou. A mãe dele morreu, mas o menor sobreviveu e pescadores o levaram até a Flórida. O pai, Juan Miguel González, pediu o retorno do filho, solicitando ajuda do então líder cubano Fidel Castro. O caso resultou em uma disputa entre Cuba e os grupos anticastristas, que se negavam a entregar o garoto.

Durante um processo nos EUA, o pai dele retomou a guarda do garoto, mas seus parentes se recusavam a devolver o menor ao pai As autoridades tiveram que usar a força para garantir que o garoto voltasse a viver com o filho. O congresso da juventude comunista foi encerrado na noite de domingo pelo atual presidente, Raúl Castro.

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