O regime líbio reagiu, nesta sexta-feira (6), ao plano de ajuda internacional aos rebeldes que tentam derrubar o ditador Muamar Kadafi. O plano prevê a utilização dos fundos congelados do ditador, que reiterou que não tem intenção de deixar o poder. A afirmação foi feita um dia após mais uma reunião do Grupo de Contato em Roma. "A Líbia continua sendo, segundo o direito internacional, um Estado soberano, e a utilização dos fundos bloqueados é como a pirataria em alto-mar", declarou o vice-ministro líbio das Relações Exteriores, Khaled Kaim.
Os fundos de Kadafi, no poder há quase 42 anos, e de seus aliados, são estimados em US$ 60 bilhões, mais da metade disto nos Estados Unidos. Na reunião de Roma, além da ajuda financeira, foram discutidos os meios para alcançar um cessar-fogo o mais rápido possível. Segundo o chanceler italiano, isto poderia ocorrer "em algumas semanas".
A França, primeiro país a reconhecer o Conselho Nacional de Transição (CNT), que representa os rebeldes com sede em Benghazi, declarou que 14 ex-diplomatas líbios são persona non grata, dando-lhes um prazo "de 24 a 48 horas" para deixar território francês.
À espera de uma solução política ou militar para o conflito, o Grupo de Contato sobre a Líbia reunido em Roma instaurou, na quinta-feira, um "fundo especial" para o CNT, que será alimentado por doações e empréstimos, sobretudo árabes, e em parte pelos depósitos líbios congelados nos Estados Unidos e na Europa.
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